Conflito geracional pode ser positivo para organizações e o planeta?

Sempre que falamos a palavra "conflito", ela pode nos dar uma falsa impressão de algo negativo. Mas isso não é necessariamente uma verdade absoluta. O conflito, na verdade, pode ser uma grande possibilidade de renovação e de melhorias.
Há mais de 30 anos dando aula, tenho a sorte e a alegria de me encontrar com alunos com diferentes histórias de vida, desde os que hoje estão com 50 anos até os com 17 anos em sala de aula. Gerações completamente diferentes, passando por experiências e vivências diárias. Claro que o meu aluno de 50 anos, que esteve em aula comigo em 1995, tem uma bagagem mais ampla de um mundo com suas características da época, com muitos aprendizados e com seus paradigmas.
Já o meu aluno de 17 anos, de 2025, vive de uma maneira intensa, de corpo e alma, este mundo atual: rápido, inovador, transformador e inquieto.
Sem dúvida nenhuma, cada um reage de forma diferente e encara a vida sob sua ótica e percepção. Enquanto a geração Z e a geração Alfa nasceram diretamente com a inteligência artificial na veia, os da geração X ou Y já têm uma visão diferente, face às suas experiências dentro de um padrão de vida, digamos assim, mais controlado. Aqui não vamos nos ater a entender os detalhes de cada percepção sobre este mundo — hoje mais complexo e inclusivo do que foi no passado —, mas sim perceber o quanto estas diferenças podem promover um conflito positivo para o mundo e para as empresas.
Percebo que muitas crenças que tínhamos, preconceituosas, estão desaparecendo — ou, no mínimo, sendo questionadas — por esta nova geração, enquanto muitos valores importantes, como foco e determinação, são típicos da geração X e Y, e também conseguem influenciar as novas gerações.
Me perguntam sempre: "Professor, qual geração foi a melhor de toda a história?" Sempre respondo que não existe a melhor geração. Cada geração reflete o momento do mundo com suas características e complexidades. Somos o reflexo do tempo onde estamos existindo.
O que é espetacular é ver quatro ou até cinco gerações convivendo ao mesmo tempo. Aos 60 anos, eu aprendo muito com os jovens e tenho certeza de que eles aprendem comigo — e isso também é superpercebido dentro das empresas.
Então, não temos que questionar tanto os conflitos geracionais. Eles são normais. Solte-se e aproveite para trocar experiências e contribuir para um mundo melhor. Ensine, aprenda e evolua. O mundo precisa, mais do que nunca, de paz e harmonia. Seja um agente dessa paz. Entenda o momento e contribua para uma sociedade mais feliz e justa.
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Sobre o autor

Octávio Lebarbenchon
Empresário, consultor, conselheiro e professor universitário há mais de 30 anos na UDESC/Esag das matérias de negociação, vendas e liderança.
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