Venda de carros chineses triplica e ainda há 50 mil em estoque
Anfavea segue defendendo a volta imediata do Imposto de Importação dos eletrificados para 35%
Apesar do balanço positivo de vendas e produção em 2024, a Anfavea segue preocupada com a enxurrada de carros chineses elétricos que entram no País com Imposto de Importação reduzido.
A entidade insiste na necessidade de as atuais alíquotas, de 18% para elétricos e 25% para híbridos, voltarem ao patamar normal de 25%, o que está previsto apenas para 2026.
Balanço de 2024 mostra que as vendas de carros chineses praticamente triplicaram em um ano, com alta de 187% sobre 2023, de 42 mil para 120,3 mil unidades.
Tal volume representa 26% das importações totais de veículos, índice que só perde para os modelos vindos da Argentina, tradicional parceira do Brasil, com 48% de participação e 224 mil unidades comercializadas ano passado.
Na sequência vêm México e Alemanha, com fatias de 10% e 5% e altas de 43% e 14% no comparativo anual, equivalentes a vendas de, respectivamente 44,5 mil e 24,4 mil unidades.
De acordo com a Anfavea, ainda há 50 mil carros chineses estocados nos portos e centros de distribuição no Brasil. O volume chegou a 70 mil em outubro, após as marcas chinesas ampliarem as compras lá fora para fugir da alta da alíquota de importação dos elétricos de 10% para 18%, o que aconteceu em julho passado.
“Acrescentando o volume importado da China ainda em estoque, a quantidade de veículos vindos daquele país em 2024 chega a 175 mil unidades, ou seja, alta de 317% no comparativo anual. As importações totais seria de 521 mil, ante os 466,5 mil contabilizados oficialmente”, explicou o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, ao divulgar o balanço na terça-feira, 14.
O executivo lenbra que enquanto outros países, como os Estados Unidos, sobretaxam os produtos chineses, o Brasil dá vantagem para os carros produzidos lá entrarem aqui.
Por conta do movimento das marcas chinesas, a venda de carros importados atingiu participação recorde na década de 20% em dezembro. A venda de carros e omerciais leves nacionais cresce 10,5% no ano passado, de 1,83 milhão para 2,03 milhões de unidades, enquanto a de importados teve alta de 33,5%, de 344 mil para 459,4 mil.
Da redação
Fonte: AutoIndústria
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