Na fábrica de Goiana, os primeiros carros eletrificados da Stellantis
A partir dos modelos Bio-Hybrid, que chegam em 2024, número de fornecedores será ampliado de 38 para 50
O Polo Automotivo de Goiana (PE), onde são produzidos atualmente os modelos Jeep e a Fiat Toro, foi escolhido pela Stellantis para fabricar os primeiros modelos equipados com a tecnologia Bio-Hybrid, referente aos híbridos flex a etanol, e também com a plataforma BEV 100% elétrica.
Totalmente desenvolvidos pela empresa no Brasil, esses novos veículos estarão disponíveis localmente já no ano que vem e serão responsáveis pela ampliação do parque de fornecedores no entorno da fábrica pernambucana de 38 para 50 no curto prazo, com projeto de chegar a 100, conforme revelou a Stellantis em comunicado divulgado na terça-feira, 17.
Em processo quase que simultâneo, a fabricante informa que os seus dois outros polos industriais no País, o de Betim (MG), e o de Porto Real (RJ), também terão produção de modelos eletrificados. “Nossas tecnologias de descarbonização privilegiam as características e recursos do Brasil, como o etanol e a energia elétrica limpa, representando, assim, um esforço de nacionalização da produção”, comenta Antonio Filosa, presidente da Stellantis para a América do Sul que em breve deixará o cargo para ser o CEO mundial da marca Jeep.
O executivo destaca que a prioridade da empresa é descarbonizar a mobilidade: “Queremos fazer isto de modo acessível para o maior número de consumidores, desenvolvendo tecnologias e componentes no Brasil”.
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No comunicado, a empresa lembra que as plataformas Bio-Hybrid e BEV (Battery Electric Vehicle) são parte da estratégia global de descarbonização da mobilidade concebida pela Stellantis no plano estratégico Dare Forward 2030, que prevê a descarbonização total das operações e produtos da empresa até 2038, e uma redução de 50% das emissões de CO2 já em 2030.
Reindustrialização
As novas plataformas Bio-Hybrid e BEV 100% elétrica foram desenvolvidas pelo Tech Center da companhia na América do Sul, em associação com fornecedores, pesquisadores e outros parceiros que constituem o ecossistema de inovação impulsionado pela empresa.
Na avaliação de Filosa, essas novas tecnologias devem constituir um estímulo para o fortalecimento da engenharia brasileira e da indústria nacional. “É uma oportunidade de reindustrialização e de reconfiguração da indústria nacional de autopeças, que é diversificada, complexa e muito importante para a economia brasileira”, observa.
Segundo o executivo, a liderança regional do Brasil abre perspectivas de exportações para toda a América Latina: “A decisão de investir na localização das novas tecnologias considera o horizonte de estabilidade e previsibilidade, decorrentes de marcos legais como a aprovação da reforma tributária.
Da redação
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