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Hyundai supera GM na primeira quinzena
Ações da montadora para conter queda nos emplacamentos não evitaram descontentamento da rede

GM registrou 9,4 mil emplacamentos na primeira quinzena de agosto, atrás da Hyundai, com 9,7 mil unidades. (Foto: Divulgação)

Publicado em 23/08/2025

Na mesma quinzena do anúncio feito por General Motors e Hyundai sobre o desenvolvimento de quatro modelos compartilhados na América do Sul, as marcas inverteram posição no mercado brasileiro, com a estadunidense caindo para o quarto lugar e a coreana subindo para o terceiro.

Conforme dados divulgados pela Bright Cosulting, a GM emplacou 9,4 mil unidades das 100,7 mil do mercado total de veículos leves na primeira quinzena de agosto, com market share de 9,3%.

A Hyundai licenciou um pouco mais, 9,7 mil unidades, fatia de 9,7%. A Fiat respondeu por 21,5% do mercado de leves, com 21,7 mil licenciamentos, e a Volkswagen por 18,4% ou 18,5 mil unidades. A Toyota fecha o Top 5 com, respectivamente, 7,8% e 7,8 mil emplacamentos.

A GM, na verdade, vem mal desde o ano passado e está entre as que mais estão perdendo market share no mercado brasileiro. De janeiro a julho teve participação reduzida em 2,2 pontos porcentuais, de 12,8% para 10,6%. Já a Fiat e a Volkswagen ampliaram esses índices para, respectivamente, 21,4% e 16,2%.

Segundo revelaram fontes da rede Chevrolet, a queda na primeira quinzena de agosto reflete ação adotada na segunda metade de julho para evitar queda maior na participação do mês, que chegou a ficar em apenas 6% em seus primeiros dias.

Para ampliar mercado na segunda metade de julho, a GM dobrou o bônus para os concessionários que emplacassem os veículos em nome da loja, com licenciamento e pagamento de IPVA. Com isso, esses veículos foram vendidos na primeira quinzena como seminovos, com consequente queda nos emplacamentos de 0 km.

Fenabrave: “A voz dos Concessionário”.

Um dos concessionários comentou, inclusive, sobre a insatisfação atual da rede Chevrolet, citando pesquisa da Fenabrave intitulada “A Voz do Concessionário. Quando os bons falam, a verdade sempre aparece!”, que traz a GM entre as piores avaliadas pela rede autorizada.

Baseado na média de sete notas com temas variados, como se o valor da concessionária cresceu no último ano, a preocupação da montadora com rentabilidade e suporte financeiro, a Fenabrave revela o chamado Índice de Valor da revenda de acordo com avaliação da própria rede.

Na média, o Índice de Valor junto a 23 redes de veículos leves ficou em 66,1. A BMW está no topo, com 83,7, seguida da GWM, com 83,1. A General Motors aparece só no 20º lugar, com nota de 50,5.

Em três itens — se o valor da concessionária cresceu, se vai crescer nos próximos 12 meses e quanto à preocupação da sua montadora em garantir rentabilidade adequada aos concessionários —, a GM ocupa o penúltimo lugar, com notas de 35,3, 47,9 e 42,5, ante médias de 64,9, 68,9 e 61.

Nos primeiros dois casos a General Motors só ganha da Jaguar Land Rover e no terceiro da chinesa BYD.

Outro item interessante, se a montadora considera sugestões dos concessionários antes de tomar decisões que os afetem, tem a GM na 20ª colocação, atrás apenas da Kia, Renault e BYD.

Ou seja, evidência clara de que as revendas da marca Chevrolet estão descontentes com as ações da montadora, que enfrentou sérios problemas com a queda da demanda pelo Onix, seu carro-chefe, por causa de alguns fatores, com destaque para reclamações sobre problemas com a correia dentada banhada a óleo.

No questionamento da Fenabrave sobre “se os produtos da minha montadora são o que o cliente quer”, a rede Chevrolet é a mais insatisfeita, aparecendo também nesse caso em último lugar. Ante nota média de 69,8, os concessionários da marca deram 38, ou seja, avaliam que estão trabalhando com produtos inadequados ao atual momento do mercado brasileiro.

Na avaliação da rede, a GM demorou muito a reagir às notícias que circularam nos últimos meses e só agora, no lançamento da linha 2026, anunciou mudança do fornecedor desse componente, o que talvez não seja suficiente para recuperar a imagem da marca perdida nos últimos tempos.

 

 

 

Da redação

Fonte: AutoIndústria

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