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Gandini: “Ninguém aguenta mais mudanças bruscas durante o jogo”
Kia Brasil reclama dos movimentos liderados pela Anfavea para que o governo antecipe a tarifa de 35% de Imposto de Importação sobre veículos eletrificados

Presidente da Kia critica pedido da Anfavea de antecipação da alíquota de 35% de imposto de importação sobre eletrificados. (Foto: Divulgação)

Publicado em 09/07/2024

Uma das precursoras da importação de veículos, que completará 31 anos de atividades e cerca de 460 mil automóveis e comerciais leves negociados no mercado interno, a Kia Brasil reclama dos movimentos liderados pela Anfavea para que o governo antecipe a tarifa de 35% de Imposto de Importação sobre veículos eletrificados.

Pelo atual cronograma, a alíquota seria adotada somente em meados de 2026. Até lá, o imposto aumentará gradativamente a cada seis meses.

Desde o começo deste ano, o governo começou a cobrar imposto de 10% sobre elétricos, até então isentos, índice que passou a 18% agora em julho, será de 25% em julho de 2025 e finalmente 35% em julho de 2026.

No caso dos híbridos convencionais, o imposto a partir de janeiro foi de 12%, está em 25% desde a última segunda-feira e chegará a 30% em mais um ano e aos 35% daqui a dois.

Híbridos plug-in recolheram os mesmos 12% desde janeiro, mas esta semana passaram a pagar 20% e têm estipulados 28% em julho de 2025 e igualmente 35% em meados de 2026.

José Luiz Gandini, presidente da Kia Brasil, entende que a súbita eliminação dessas etapas representa uma quebra de contrato que prejudicará o setor que já vive um “novo ciclo de dificuldades”:

“Os importadores precisam de previsibilidade. Por isso, manifestamos contrariedade ao pleito recente de antecipação imediata do imposto de importação de veículos eletrificados para 35%, quando já há um escalonamento de aumentos até julho de 2026. Ninguém aguenta mais mudanças bruscas durante o jogo”.

As marcas associadas da Abeifa, Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores, venderam no mercado interno 41,5 mil veículos a combustão interna e eletrificados, menos de 2% do total de automóveis e comerciais leves.

É o maior número desde 2015, quando 59,9 mil importados pelas afiliadas da Abeifa chegaram às ruas, mas menos da metade das 96,6 mil unidades registradas em 2014.

Preços mantidos até o fim de agosto

Naquele ano, só a Kia negociara 23,8 mil veículos, ante os 4,9 mil no ano passado. No primeiro semestre de 2024, a marca contabiliza 2,6 mil licenciamentos, 12,1% a mais do que em igual período do ano passado, mas ainda assim  abaixo do avanço médio de acima de 15% do mercado total, incluindo veículos de produção nacional.

Em esforço para sustentar as vendas em ascensão a Kia decidiu manter os preços públicos sugeridos para os modelos híbridos Stonic, Niro e Sportage até o final de agosto, apesar do aumento das alíquotas de importação e da recente elevação da cotação do dólar.

O Stonic seguirá sendo oferecido por R$ 129.990,00, o Niro por valores de R$ 199.990,00 a 234.990,00 e o Sportage por  R$ 274.990,00.

“Tomamos esta decisão com o propósito de continuar atendendo aos clientes tradicionais da marca e também aos novos que almejam alcançar automóveis com mais tecnologia limpa”, justifica Gandini.

 

Da redação

Fonte: AutoIndústria

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