Eletrificados puxam aumento de participação dos importados
Anfavea insiste na revisão do imposto zero para híbridos e elétricos vindos de fora
Apesar de os números serem positivos tanto para os nacionais como para os importados, a demanda pelos veículos leves produzidos internamente cresce em ritmo menor este ano, com o consequente aumento da participação dos modelos vindos de outros países.
Esse movimento, principalmente nos últimos meses, tem sido puxado pelos eletrificados, em particular aqueles importados da China. Como lembrou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Márcio de Lima Leite, “dois terços da maior demanda do mercado interno vem sendo atendida por veículos fabricados no exterior”.
No acumulado até setembro, o total de emplacamentos de automóveis e comerciais leves subiu 9,8%, de 1,4 milhão para 1,53 milhão de unidades. A demanda por modelos nacionais teve alta de 7,7%, de 1,21 milhão para 1,3 milhão, enquanto a relativa aos importados cresceu mais que o triplo – exatos 23,3% – de 187,2 mil para 230,9 mil.
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O tema importações, principalmente as da China, ocupou boa parte do espaço da coletiva concedida pelo presidente da Anfavea nesta sexta-feira, 6. O executivo insistiu sobre a necessidade de revisão da alíquota zero para carros eletrificados, defendendo “uma transição equilibrada até a indústria nacional possa produzir modelos elétricos”.
A proposta é de retomada gradativa da alíquota de importação no segmento. Leite também comentou sobre a possibilidade de cotas para importação sem imposto, mas garantiu não haver proposta da Anfavea nesse sentido.
A venda de eletrificados cresceu quase 17% este ano, atingindo 57,9 mil unidades contra as 49,2 mil dos primeiros nove meses do ano passado. A maior demanda é pelos híbridos, visto que a demanda pelos 100% elétricos recuou de 8,4 mil para 7,7 mil no mesmo comparativo.
Em setembro, particularmente, as vendas dos modelos 100% elétricos chegou a 1.826 unidades alta de 56,5% sobre o agosto. No mês passado o presidente da Anfavea chegou a falar sobre o risco da invasão dos chineses, admitindo que os produtos importados poderiam ganhar ainda mais espaço por aqui.
Neste mês, questionado se o bom desempenho das chinesas GWM e BYD estão assustando, Leite foi taxativo ao dizer que não: “Ambas anunciaram investimento em produção local e é isso o que a Anfavea defende”.
Fonte: Auto Indústria
Da redação
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