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BYD concentra venda de oito em cada dez elétricos
Volvo e GWM ficam atrás, mostrando baixa diversidade de fabricantes no segmento

BYD concentra venda de oito em cada dez elétricos
De cada dez carros elétricos vendidos no Brasil, oito são da BYD, que mantém o domínio do mercado mesmo com produção recém iniciada no País. (Foto: Divulgação)

Publicado em 26/08/2025

Os seguidos esforços de algumas fabricantes em lançamentos e de empresas de energia para aumentarem a infraestrutura de recarregamento de veículos elétricos parecem ainda insuficientes para fazer brilhar os olhos dos consumidores e levá-los às concessionárias em busca da mobilidade totalmente elétrica.

A rigor, o mercado brasileiro de automóveis e comerciais leves movidos exclusivamente a bateria estagnou ou recuou este ano para a quase totalidade das marcas que têm algum modelo com a tecnologia.

O crescimento médio de 5% dos emplacamentos, para 37,3 mil unidades, acompanhou o mercado total — depois de saltarem 225% de 2023 para 2024 —, mas ainda assim essencialmente em função de uma única empresa, a BYD, que carrega o segmento “nas costas”.

Em números absolutos, elétricos tiveram somente 1,8 mil emplacamentos a mais até julho, enquanto a marca chinesa — ainda importadora — vendeu 28,8 mil unidades, 3,1 mil acima do registrado nos primeiros sete meses de 2024, evolução de 12%.

Com esse desempenho, a BYD não só manteve uma longa distância para a segunda colocada, como ampliou sua participação de 72% registrada nos primeiros sete meses de 2024 para 77% em 2025.

Na prática, de cada dez elétricos vendidos no Brasil, oito pertencem à montadora que ainda está em regime de produção de protótipos em Camaçari, BA, e quatro deles são unidades do Dolphin Mini, modelo de entrada da marca.

A segunda empresa que mais vende elétricos no mercado interno é a Volvo. Mas bem lá atrás, com pouco mais de 2,9 mil unidades de janeiro a julho, ainda assim à frente da GWM (1,6 mil).

Do restante das 15 marcas à frente do mercado de elétricos, segundo a Fenabrave, nenhuma outra superou ainda 1 mil unidades este ano. A Renault, com 870 licenciamentos, foi a que mais se aproximou.

O levantamento da entidade sublinha também que as políticas comerciais para o segmento, em muitos casos, carecem de regularidade e estão atreladas muito mais a oportunidades, como um lançamento.

Tanto que nomes fortes de 2024, como Ford e Peugeot, a sétima marca mais vendida então, não aparecem mais no ranking deste ano, que tem a GM na última colocação, com apenas 71 unidades vendidas, média de dez emplacamentos por mês para uma rede de centenas de concessionárias.

Não se trata de exceção. Igualmente a Volkswagen, com somente 84 emplacamentos, mostra que os elétricos ainda não aparecem na lista de prioridades das marcas generalistas que se dispõem a vendê-los aqui.

De fato, seria investir muita brasa para pouca sardinha. Os automóveis e comerciais leves a bateria representaram somente 2,6% do mercado total até julho, 0,1 ponto porcentual a menos do que nos primeiros sete meses do ano passado. Na mesma comparação, os híbridos provam que são a bola da vez do processo de eletrificação da frota brasileira.

Os veículos dotados de diferentes tecnologias que envolvam motores a combustão e elétricos, alguns apenas como suporte, aumentaram as vendas em 72% na mesma comparação, para 100,5 mil licenciamentos, e quase dobraram a participação, de 4,5% para 7,4%.

O atual e cenário próximo para as empresas que têm investido para ampliar as vendas de VEs parecem ainda mais desafiadores quando se leva em conta a chegada de novas concorrentes e o que está por vir logo mais à frente.

No acumulado deste ano, já aparecem, entre as 15 marcas com mais licenciamentos, GAC e Omoda & Jaecco, que iniciaram suas operações comerciais somente no primeiro semestre de 2025.

No mês passado, a Geely abriu as portas da primeira das 23 concessionarias que terá no País em uma primeira etapa para vender o elétrico EX5 e antes do fim do ano, por meio da Stellantis, a Leapmotor também estará nessa briga que, ao menos por enquanto, não tem concorrente para a BYD.

 

 

 

Da redação

Fonte: AutoIndústria

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