Supermercados começam a se adequar à lei que beneficia consumidores com restrição alimentar
Uma lei estadual sancionada na semana passada pelo governador Raimundo Colombo determina que supermercados e estabelecimentos que comercializam produtos alimentícios têm um prazo de 180 dias para colocar em destaque, em local único e específico, produtos destinados a celíacos, diabéticos e intolerantes à lactose. O objetivo é facilitar a localização pelos consumidores com alguma restrição alimentar. Na região, muitos comércios já estão se adequando.
De acordo com a lei, os produtos deverão ser separados fisicamente, destacados dos demais e expostos com sinalização com as expressões “sem glúten”, “diet” e “sem lactose”, possibilitando a fácil visualização e entendimento.
Em caso de descumprimento da lei nº 17.077, o estabelecimento será penalizado primeiramente com uma advertência por escrito. Se não se adequar, poderá receber multa no valor de R$ 1 mil por infração. “Esse valor também dobra se o estabelecimento for reincidente”, alerta.
Lojas o Hippo têm gondolas específicas para esses produtos
Na nova unidade da loja, em Coqueiros, foi montado o Espaço Bem-Estar, uma área dedicada aos produtos saudáveis, fitness, naturais, sem açúcar, sem glúten e sem lactose, pensada em parceria com a nutricionista Gismari Bertoncello, consultora de tendências de alimentação saudável e de seleção de novos produtos da Rede.
O espaço reúne todos os itens dessa linha no mesmo local, facilitando a localização e proporcionando uma experiência diferenciada de compra. Os produtos orgânicos, hortifrutí e sucos naturais também ganharam espaços destacados na loja, dentro do objetivo da Rede de promover a saúde.
Consumidores comemoram
Em Ibirama, os estabelecimentos já estão se adeqando à nova lei. O gerente de supermercado, Valdir César Fiamoncini, afirma que na loja onde ele trabalha, que faz parte de uma rede, parte dos produtos para consumidores com restrições alimentares já eram colocados em um local separado, mas agora eles trabalham em novas mudanças.
A servidora pública Sandra Paul é intolerante à lactose e comemorou a aprovação da nova lei. Ela conta que hoje tem dificuldade de encontrar, no supermercado, os produtos que pode consumir. “Hoje eles estão todos juntos. O leite condensado normal, por exemplo, fica junto com o sem lactose, e a gente sempre tem que ficar procurando. Se for tudo separado, será muito mais fácil”, explica.
Mesmo com a mudança, Sandra também acredita que ainda é preciso avançar para garantir a saúde de pessoas com restrições alimentares. “Hoje, os produtos sem lactose são bem mais caros que os normais, o que dificulta o acesso, e ainda falta variedade. Mas essa nova lei já foi um avanço”, diz.
Da Redação