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SC inicia a colheita de pinhão

A temporada de pinhão já começou em Santa Catarina e promete movimentar a economia local. (Foto: Pablo Gomes/Epagri)

Publicado em 01/04/2025

A safra de pinhão de 2025 teve início oficialmente nesta terça-feira em Santa Catarina. A colheita segue a legislação estadual (lei 15.457/2011), que restringe a retirada, o transporte e a comercialização da semente antes de 1º de abril. Nos próximos três meses, a atividade será uma importante fonte de renda para milhares de famílias catarinenses.

Segundo a Epagri, aproximadamente 10 mil das 34 mil famílias de produtores rurais da região serrana, conforme dados do IBGE, têm no pinhão uma parte essencial de sua renda.

Em Painel, município reconhecido como a Capital Catarinense do Pinhão, o agricultor Jaison de Liz Rosa combina a produção agroecológica de morangos e hortaliças para a merenda escolar com a prestação de serviços rurais, como roçadas e cercamentos. No entanto, é o pinhão que representa a maior parte de seus ganhos anuais.

Com cerca de cinco mil araucárias em suas propriedades, Jaison explora apenas 10% das árvores e espera colher três toneladas neste ano, uma redução de 35% em relação a 2024. Ainda assim, o pinhão continua sendo sua principal fonte de sustento.

"A agroecologia e os serviços que realizo representam 40% da renda. Os outros 60% vêm do pinhão. Mesmo com a queda na produção, essa é a principal atividade para minha família", explica.

Apoio técnico impulsiona a produção

Embora o cultivo de pinhão seja predominantemente extrativista, a atividade tem se profissionalizado com o suporte técnico de instituições como a Epagri, que orienta os produtores sobre manejo, mercado e processamento.

"Oferecemos assistência em toda a cadeia produtiva, desde o cultivo até a agroindústria. Também estamos desenvolvendo araucárias enxertadas para obter pinhão precoce no futuro", afirma José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages.

Na Serra Catarinense, a colheita deste ano deve totalizar cerca de 4,5 mil toneladas, um volume 35% menor que o registrado em 2024. A variação na produção é um fenômeno natural do ciclo da araucária, sem uma causa específica. Ainda assim, a qualidade do pinhão segue elevada, conquistando cada vez mais espaço entre consumidores exigentes.

 

 

 

Da redação

Fonte: Secom

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