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Proteção às mulheres: caminhada na Capital une as forças de Segurança

Ato procurou também alertar para que as vítimas denunciem os crimes e se sintam amparadas pelo poder público, que prioriza esse enfrentamento em todo o Estado (Fotos: Ricardo Trida / Secom) **Clique para ampliar

Publicado em 31/08/2023

Na manhã desta quinta-feira, 31, uma caminhada no Centro de Florianópolis uniu as forças de Segurança de Santa Catarina com um único objetivo: o fim da violência contra a mulher. O ato procurou também alertar para que as vítimas denunciem os crimes e se sintam amparadas pelo poder público, que prioriza esse enfrentamento em todo o Estado.

A caminhada dos policiais e servidores reuniu a Secretaria de Segurança Pública de SC (SSP-SC), a Polícia Militar, a Polícia Civil, a Polícia Científica e o Corpo de Bombeiros Militar de SC. Também participaram entidades e ativistas que trabalham pelo fim da violência contra a mulher e os feminicídios no Estado.

A concentração ocorreu na escadaria da Catedral. Os participantes seguiram em caminhada pela Praça XV, o calçadão da Rua Felipe Schmidt e foi em direção ao Terminal de Integração do Centro (TICEN). Houve distribuição de panfletos com informações sobre como fazer denúncias, a rede de proteção do Estado e sobre o “violentômetro” (sinais que indicam o cuidado, como agir e os alertas).

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Para o secretário de Estado da Segurança Pública de SC Paulo Cezar Ramos de Oliveira, que participou da mobilização, a caminhada reflete a integração e o trabalho primoroso feito para a proteção das mulheres e o combate aos crimes no Estado. “Precisamos avançar muito nesta área e estamos trabalhando forte na prevenção e combate à violência contra a mulher como política de prioridade do governo do Estado. As forças de Segurança estão de parabéns por essa iniciativa”, afirmou o secretário.

“Um marco”

A coordenadora das Delegacias de Proteção à Mulher no Estado (DPCAMIs), delegada Patrícia Zimmermann D’Ávila, considerou a demonstração pública de união e integração das forças de Segurança como um marco e um divisor de águas no Estado para que as mulheres se sintam amparadas.”

As forças de segurança estão unidas em defesa da mulher. É importante levar a informação de que as mulheres que entram para a proteção das forças de segurança, ou seja, aquelas que denunciam, as que pedem a medida protetiva de urgência e entram para a rede de proteção, não viram estatística de feminicídio”, destacou.

Para a perita médica-legista da Polícia Científica de SC, Lilian Brillinger Novello, SC está evoluindo neste tema e eventos como esse “que agregam as quatro instituições da segurança são fundamentais para que possamos garantir a integralidade dos atendimentos e realmente atingir o objetivo final de combater a violência contra a mulher”.

A tenente-coronel Ana Paula Guilherme, do Corpo de Bombeiros Militar de SC, enfatizou a ação conjunta. “Estamos juntos em todos os eixos da prevenção, monitoramento de dados, atendimento, assistência e a garantia de direitos, buscando essa integração que vai proteger a sociedade”, salientou.

Incentivo às denúncias

A caminhada também procurou incentivar as denúncias pelas mulheres e ou familiares, conforme reforçou o comandante do 1º Comando Regional da Polícia Militar em Florianópolis, tenente-coronel Julival Queiroz de Santana.

Operação Shamar

“Existem várias formas de fazer a denúncia, que pode ser feita diretamente à PM pelo 190, pelo aplicativo PMSC Cidadão, o botão do pânico, e também pode ser feita a todas as forças de Segurança. É muito importante a mulher estar sensível a isso, assim como os seus familiares e trazer essa pauta a tona para que a gente possa apurar de forma devida”, alertou o comandante.

A caminhada fez parte do Agosto Lilás e da Operação Shamar. Realizada desde o dia 21 agosto, a Operação Shamar, cuja palavra em hebraico significa “cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar”, é uma ação nacional coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).

Denúncias

Entre as ações desencadeadas, por exemplo, estão atividades de inteligência preventivas, educativas, ostensivas e repressivas, visando o combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Isso inclui atendimentos às vítimas de violência, levantamento de mandados judiciais em abertos específicos de crimes de violência doméstica e familiar contra a mulher e cumprimento de mandados de prisão.

Os trabalhos consistem também na averiguação de denúncias oriundas por qualquer tipo de meio, especialmente do Disque Denúncia 181 e WhatsApp Denúncia (48-98844-0011) e Delegacia Virtual da Polícia Civil, bem como pelos telefones de emergências 190 da Polícia Militar e 193 do Corpo de Bombeiros Militar.

 

Da redação

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