Programa Jovem Aprendiz projeta alcançar um milhão de beneficiários
Entrevistado desta quinta-feira, 21 de agosto, no Bom Dia, Ministro, o titular da pasta Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que melhorias na Lei da Aprendizagem devem criar condições para que o Brasil possa chegar à marca de um milhão de jovens no Programa Aprendiz. “Está tramitando na Câmara, onde está pronto para votar, uma nova reformulação da Lei da Aprendizagem, que pode criar a condição da gente olhar a meta de chegar a um milhão de jovens no Programa Aprendiz”, disse o ministro.
Marinho lembrou que o número de jovens aprendizes vem crescendo desde 2005 e ganhou força no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Em 2005, quando assumimos o Ministério do Trabalho, tínhamos 48 mil aprendizes, ou seja, praticamente não existia. Ali, houve um processo de mudança desta lei. Construímos um processo crescente, ano a ano. Quando voltamos agora, em 2023, tínhamos menos de 500 mil na aprendizagem. Hoje, estamos com 668.770 jovens trabalhando a partir da Lei da Aprendizagem”, ressaltou.
70 MIL CONTRATAÇÕES – O primeiro semestre de 2025 registrou saldo positivo de quase 70 mil contratações de jovens por meio da aprendizagem profissional. O número representa crescimento de 18,6% em relação ao mesmo período de 2024, quando houve 59 mil. Com o resultado, o país alcançou, em junho, um total de 668 mil aprendizes ativos, um recorde histórico. Do total de jovens contratados, 5,24% não tinham concluído o ensino fundamental, 3,16% haviam concluído essa etapa e 43% cursavam o ensino médio.
O QUE É – A Lei da Aprendizagem representa uma porta de entrada para o mercado de trabalho formal, ao oferecer aos jovens a primeira experiência com carteira assinada. Ela contribui para o desenvolvimento de habilidades técnicas e sociais, o que amplia as chances de empregabilidade no futuro. Podem ser contratados como aprendizes jovens entre 14 e 24 anos, desde que estejam matriculados em instituições de qualificação profissional credenciadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
PROPORCIONAL – O programa oferece remuneração proporcional ao salário mínimo por hora trabalhada, com jornada reduzida de até seis horas diárias para facilitar a conciliação entre trabalho e estudo. A formação técnica é gratuita e combina aulas teóricas com a prática profissional nas empresas. O jovem aprendiz tem direito a FGTS com alíquota de 2%, 13º salário, vale-transporte e férias — que devem coincidir com o recesso escolar.
EDUCAÇÃO INTEGRAL – Para o ministro, um dos principais desafios do país é implantar a escola em tempo integral no ensino médio, de modo a permitir que os jovens possam acessar o mercado de trabalho ao fim dos estudos. “Um desafio da sociedade brasileira é gradativamente ir implantando a educação no período integral para que esse jovem, ao sair do ensino médio, saia gabaritado para a universidade, para as faculdades, mas, além disso, para o mercado de trabalho de forma simultânea, saindo com formação técnica. Nos países modernos, é assim que se trabalha. É uma coisa que o Brasil vem planejando e seguramente nós daremos conta desse processo”, destacou Marinho.
PÉ-DE-MEIA – O ministro ressaltou a importância do Pé-de-Meia, do Governo Federal, programa criado para evitar a evasão no ensino médio. “O ensino médio, talvez, seja o nosso principal calcanhar de Aquiles. Esse é um processo importante para observar que os jovens vêm fazendo esforço para estar no mercado, mas eventualmente ele tem essa dificuldade de estudar e trabalhar. Precisamos ajudar a criar as condições e o Pé-de-Meia foi criado para isso”, prosseguiu.
JOVENS E CAGED – Marinho também adiantou que o Brasil seguirá com números positivos relativos à geração de empregos no país com os dados relativos a julho do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), que serão divulgados neste mês pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Ele lembrou que a maioria dos empregos criados está na faixa dos jovens. “Vem funcionando razoavelmente muito bem essa possibilidade de a juventude estar no mercado de trabalho. Os indícios do CAGED são de que 80% das pessoas que assinam a Carteira Profissional de Trabalho, CLT, são jovens abaixo de 24 anos. É isso que o CAGED tem dito, e vamos seguramente confirmar agora no mês de julho. Está chegando o CAGED de julho e vem positivo. Diminuindo o ritmo, evidentemente, por conta dos juros altos, mas com números positivos”, adiantou.
Leia também:
- Audiência dá voz a vítimas de violência política de gênero em SC
Da redação
Fonte: Governo Federal
Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.
Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!
Para mais notícias, clique AQUI
Outros posts Ver todos
21° | Nublado


