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Obesidade pet pode diminuir expectativa de vida dos animais

Foto: Reprodução/Internet

Publicado em 04/11/2021

Má alimentação, sedentarismo e excesso de petiscos são alguns dos fatores que podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade, doença que atinge cerca de 10% da população brasileira, ou seja, aproximadamente 27 milhões de pessoas. Mas não são apenas os humanos que sofrem com o acúmulo de gordura corporal, os pets também podem enfrentar esse tipo de problema. Em humanos e em gatos, a obesidade é fator predisponente ao desenvolvimento de Diabetes Mellitus. No Brasil, cerca de 25% a 40% dos pets estão obesos ou com sobrepeso. Os animais adultos e idosos são os que mais sofrem com essa doença.

“Muitas vezes o dono fica sensibilizado quando o pet fica pedindo comida na hora de alguma refeição como almoço ou jantar e acaba oferecendo algo que não é indicado para ele, que mesmo em pequenas quantidades, pode contribuir para o excesso de peso”, explica a médica-veterinária Fernanda Cioffetti. Algumas substâncias presentes na comida humana não são sintetizadas pelo organismo dos animais, podendo inclusive resultar em intoxicações.

O ideal é que a alimentação dos pets seja equilibrada e de acordo com o nível de atividade física, idade e porte do animal, sempre seguindo as recomendações de um especialista, que podem inclusive formular uma dieta de acordo com as necessidades individuais de cada animal, como no caso da alimentação natural. “Até os petiscos merecem atenção, pois mesmo que sejam produzidos especificamente para os pets, muitos tutores acabam dando uma quantidade maior do que aquela recomendada”, ressalta Fernanda.

Outro ponto importante no combate à obesidade é o sedentarismo Se os donos dos pets são sedentários, as chances de que eles sofram com esse mesmo problema, se tornam ainda maior. “O ideal é praticar atividades que façam com que os animais se movimentem, como jogar algum brinquedo para eles irem atrás e sempre levá-los para passeio por um tempo que pode variar entre 15 e 30 minutos”, diz a médica-veterinária.

Além da alimentação e do sedentarismo, alguns animais podem ter um ganho maior de peso após a  castração, por ficarem menos ativos.

No entanto, a castração não deve ser vista como algo negativo por conta desse fator, já que é fundamental para o controle populacional e para evitar infecções e tumores. “Aumentando a frequência de atividades físicas e brincadeiras com o pet e cuidando da alimentação, o problema é minimizado”, destaca Fernanda.

A obesidade ainda pode resultar em outros problemas de saúde que vão além do sobrepeso dos pets como diabetes, problemas de pele, doenças pulmonares, maior risco em anestesias, problemas respiratórios e cardíacos. Além disso, a expectativa de vida dos animais obesos é reduzida, aproximadamente, em dois anos.

Muitos tutores acabam tendo dificuldade em reconhecer se o pet está sofrendo com a obesidade. Alguns sinais podem ajudar na confirmação do diagnóstico, como, por exemplo, se o cão que antes subia no sofá com facilidade tiver dificuldade e pedir para alguém subi-lo, quando o gato não consegue mais lamber o próprio pelo ou ainda quando os animais apresentam dificuldade de locomoção devido ao excesso de peso corporal.

“Por isso é importante que seja feito com frequência avaliações periódicas como o Escore de Condição Corporal (ECC), em que  as características corporais dos animais são avaliadas”, afirma Fernanda. Apesar das visitas ao médico-veterinário serem importantes para tratar a obesidade, os donos precisam seguir algumas orientações para evitar que o pet sofra com o acúmulo de gordura corporal, como priorizar alimentos naturais como frutas e legumes em quantidade controlada e sempre praticar atividades e brincadeiras com eles. Alguns alimentos como uva, cebola e chocolate não devem ser oferecidos aos pets pois são tóxicos. Na dúvida, consulte o médico-veterinário que acompanha seu pet.

Da redação

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