No momento certo: entidades destacam que medidas foram fundamentais para frear a pandemia em SC
Entidades da iniciativa privada estão apoiando as medidas de distanciamento social implementadas pelo Governo de Santa Catarina e têm participado de constantes reuniões para tomadas de decisões do poder executivo. Empresários, educadores e profissionais da área da saúde opinam que, por ter sido o primeiro Estado a decretar o isolamento, Santa Catarina vem colhendo bons frutos no enfrentamento da pandemia de Covid-19, com uma taxa de letalidade entre as mais baixas do país.
Os empresários também acreditam que a adoção de protocolos mais rigorosos está ajudando a impedir uma disseminação desenfreada da doença – e que isso também proporcionará uma retomada da economia mais vigorosa quando chegar o momento. Na área da saúde, o fortalecimento dos hospitais filantrópicos é visto como um passo importante para garantir atendimento de qualidade à população.
O governador Carlos Moisés afirma que o principal objetivo com os primeiros decretos de distanciamento social foi garantir que o Estado pudesse se preparar para que nenhum catarinense ficasse sem atendimento adequado, a exemplo do que ocorreu em outros lugares. Até o momento, a tática tem se mostrado efetiva, uma vez que a ocupação de UTI em Santa Catarina é uma das menores do Brasil - .no sábado, 24, era de 62,2%.
“Em dois meses, conseguimos criar quase 400 leitos de UTI extras. Essa expansão de rede SUS tem nos permitido trabalhar com alguma tranquilidade. Mas a nossa análise da situação é diária. A contribuição de todos é fundamental para que possamos sair mais fortes desse momento. O Estado tem feito a sua parte e as entidades têm colaborado e sido parceiras colocando em prática medidas para evitar aglomerações e garantir cuidados com a saúde dos catarinenses e prevenção à Covid-19”, analisa o governador.
Estado foi o primeiro a decretar medidas de isolamento social
Para o presidente da Federação dos Hospitais de Santa Catarina (Fehoesc), Giovani Nascimento, o governador tomou uma atitude correta ao decretar as medidas de distanciamento social antes dos demais Estados, a partir do primeiro caso de transmissão comunitária. Segundo ele, essa atitude fez com que a população entendesse a gravidade da situação. Ao mesmo tempo, Nascimento aponta que a suspensão de algumas atividades econômicas no momento correto permitiu que Santa Catarina pudesse reabrir antes, adotando um rígido regramento. Como comparação, ele cita a situação de algumas cidades em outras regiões brasileiras, que estão vivendo um lockdown.
Especificamente sobre a atuação na área da Saúde, o dirigente da Fehoesc relembra a criação da Política Hospitalar Catarinense ainda no ano de 2019, que garantiu uma distribuição equânime dos recursos entre a rede filantrópica, responsável por 70% dos atendimentos SUS no Estado. Com a chegada da pandemia, ficou estabelecimento o pagamento do valor máximo da tabela para todas as instituições conveniadas até o fim do ano, sem a necessidade de comprovação dos serviços.
“Essa atitude garantiu um fôlego financeiro para as unidades hospitalares. Também foi eliminado o fator político, pois todos recebem conforme a sua categorização. Isso nos deu um alento. Mais recentemente, a liberação das cirurgias eletivas também foi uma boa notícia para a rede privada e filantrópica”, opina Nascimento.
Parceria entre Estado e universidades
No âmbito acadêmico, também há apoio às ações do Executivo. Segundo o presidente do sistema Acafe e reitor da UnoChapecó, Claudio Jacoski, existe uma tendência de que, como as medidas foram adotadas antes por aqui, Santa Catarina consiga superar esse momento de uma forma mais satisfatória. Ele relata também o trabalho de parceria que as universidades comunitárias têm feito com o Governo do Estado. “Estamos cumprindo todos os decretos e dando uma resposta diferente. As aulas remotas seguiram em frente. O índice de presenças nas salas virtuais tem sido muito bom. Entendemos que, dessa maneira, estamos cumprindo uma ação muito importante, que é a de colaborar para deixar as pessoas em casa, sem deixar de oferecer as aulas”, conta Jacoski.
Diálogo com o setor produtivo
Na opinião do presidente da Associação Catarinense de Avicultura (Acav), José Antônio Ribas Júnior, o Governo do Estado adotou uma postura de diálogo com o setor produtivo, o que tem sido bastante positivo. Ribas ainda destacou que as medidas adotadas pelo Governo do Estado desde o início da pandemia deram condições de segurança e de manutenção das atividades, com rigorosos protocolos de atuação. “Santa Catarina mais uma vez é exemplo. Nossos objetivos são convergentes com os do Governo do Estado. Cuidar da saúde das pessoas e da economia. Estamos aqui convictos de que é juntos que vamos vencer esta situação”, completou.
Alinhamento com agroindústrias
Na última quinta-feira, 21, o governador Carlos Moisés recebeu o setor agroindustrial, em especial do Oeste catarinense, para uma reunião de alinhamento na Casa d´Agronômica. Representando umas das maiores cooperativas agroindustriais do país, Dilvo Casagranda reconheceu os esforços da administração estadual para promover um combate efetivo à Covid-19:
“Está se vendo muito esforço para promover a melhor alternativa para o nosso Estado, preservando a vida e dando continuidade para as atividades essenciais. Em um momento como esse, é necessário usar a sabedoria para preservar a nossa sociedade, para que ela esteja organizada na melhor condição possível”.
Da redação