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Inflação segue em alta e PIB perde fôlego

Projeções para a economia brasileira mudam mais uma vez. Inflação em alta e PIB em queda preocupam analistas. (Foto: Agência Brasil)

Publicado em 17/02/2025

O mercado financeiro revisou novamente suas projeções para a economia brasileira. Pela 18ª semana consecutiva, a estimativa para a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi elevada. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Banco Central, a expectativa para 2025 passou de 5,58% para 5,6%.

Para os anos seguintes, a tendência de alta também se mantém. A previsão para 2026 subiu de 4,3% para 4,35%, enquanto as projeções para 2027 e 2028 foram ajustadas para 4% e 3,8%, respectivamente. A expectativa para 2025 ultrapassa o teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Apesar do cenário de aumento da inflação ao longo do ano, o IPCA de janeiro registrou desaceleração e ficou em 0,16%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o menor índice para o mês desde 1994, reflexo do impacto do Bônus Itaipu, que reduziu o custo da conta de luz de milhões de brasileiros. No acumulado de 12 meses, a inflação soma 4,56%.

Taxa de juros e política monetária

A taxa básica de juros, a Selic, segue como principal ferramenta do Banco Central para conter a inflação. Atualmente em 13,25% ao ano, a Selic deve subir para 15% até o fim de 2025, conforme as previsões do mercado. Para os anos seguintes, as projeções indicam queda gradual, com a taxa chegando a 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028.

O Comitê de Política Monetária (Copom) já sinalizou que pretende aumentar a Selic em 1 ponto percentual na próxima reunião, marcada para março. No entanto, não há definição sobre novos ajustes para maio. Juros mais altos encarecem o crédito e desestimulam o consumo, reduzindo a pressão inflacionária, mas também podem frear a atividade econômica.

Crescimento do PIB e câmbio

A previsão para o crescimento da economia brasileira também foi revisada para baixo. A estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano caiu de 2,03% para 2,01%. Para 2026, a projeção é de expansão de 1,7%, enquanto para 2027 e 2028 o mercado prevê crescimento de 1,98% e 2%, respectivamente.

No terceiro trimestre de 2024, o PIB avançou 0,9% em relação ao trimestre anterior, acumulando alta de 3,3% no ano até setembro, segundo o IBGE. O resultado oficial de 2024 será divulgado em 7 de março. Em 2023, a economia cresceu 3,2%, superando expectativas.

O mercado também manteve a projeção para o dólar em R$ 6 até o fim de 2025, com estabilidade esperada para 2026.

 

 

Da redação

Fonte: RCN

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