Inflação deve fechar o ano perto de 11%, mostra Índice de Custo de Vida da Udesc Esag
A inflação percebida pelos consumidores de Florianópolis foi de 0,83% em novembro. O índice é praticamente metade do registrado em outubro (quando houve impacto de aumentos fortes nos preços dos combustíveis) e muito próximo dos números de agosto e setembro. Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag).
Segundo o ICV, desde janeiro, o custo de vida acumula uma alta de 9,81%, o que indica que deve fechar o ano com dois dígitos. No acumulado dos últimos 12 meses, já está em 10,80%. Entre os itens pesquisados, quatro grupos contribuíram com mais de 90% da composição do índice de inflação de novembro: transportes, despesas pessoais, alimentação e habitação.
Alimentação
Os alimentos subiram em média 0,90% em novembro. Se considerados apenas os produtos comprados em supermercados e feiras para consumo em casa, o índice é ligeiramente menor (0,86%). Já as refeições em restaurante e lanchonetes subiram 0,95%. Os principais aumentos de alimentos foram os das frutas (5,54%), com destaque para morango (11,6%), mamão (10,7%), melancia (7,8%), maçã (4,1%) e uva (3,5%). As bebidas subiram 3,12%, com altas maiores na cerveja (6,1%), café em pó (5,8%) e água de coco (4,1%).
Outros alimentos com aumentos expressivos foram a couve-flor (17,7%), o peixe-espada (16,7%) e o azeite de oliva (6,5%).
Combustíveis
Os preços ligados aos transportes subiram em média 1,17%, puxados principalmente pelos combustíveis de automóveis (1,67%) – ainda que com um aumento bem mais modesto que o de outubro, quando abastecer o carro ficou 11,5% mais caro em um único mês.
As despesas pessoais subiram 1,91%, com os maiores aumentos nos itens ligados a fotografia (3,9%) e recreação (3,7%). No grupo habitação, os preços subiram em média 1,03%, mesmo sem aumento da energia elétrica. Desta vez o principal culpado é o gás, com alta de 9,17%.
Também subiram os preços dos artigos de residência (0,50%), saúde e cuidados pessoais (0,14%) e serviços de comunicação (0,45%). Os itens de vestuário ficam um pouco mais baratos (-0,36%) e os serviços de educação, praticamente estáveis (-0,02%).
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 30 de novembro.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Da redação
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