00:00
21° | Nublado

Da Inglaterra para o Centro de Floripa: a arte no Morro do Mocotó

O artista britânico Mark Dickens pintará com as crianças da ACAM uma tela que será leiloada em prol do IVG (Foto: Divulgação)

Publicado em 24/10/2016

Ele é artista plástico, o artista plástico oficial da Fórmula 1, de renome internacional, presente nas principais galerias do mundo. É britânico, sempre sorridente, um perfil discreto, mas de coração enorme. Conheceu Floripa em janeiro deste ano e decidiu que aqui ia deixar sua marca: lançar uma campanha mundial pela paz e ajudar na construção de um mundo melhor. E para isso ele retorna a Florianópolis esta semana. Nesta quinta-feira, dia 27/11, ele começa seu projeto: às 9hs irá conhecer a comunidade do Morro do Mocotó e os projetos desenvolvidos pela ACAM - Associação de Amigos da Casa da Criança e do Adolescente do Morro do Mocotó, do Instituto Vilson Groh, que trabalha com crianças e jovens no contraturno escolar. “A beleza está em toda parte e se tivermos um segundo para perceber e compartilhá-la, então todos nós poderemos interagir de uma maneira diferente. E isso, com certeza, pode mudar a nossa percepção de uma palavra, de uma mensagem que pode transformar vidas”, destaca Mark Dickens.

Mark irá conhecer os projetos desenvolvidos na comunidade, o trabalho do Instituto Vilson Groh, apresentar à comunidade sua campanha mundial pela paz, bem como, e o maior propósito da vista, irá, em conjunto com as crianças e jovens da ACAM, pintar uma tela que será doada ao IVG para leilão e a verba arrecadada será destinada aos projetos desenvolvidos pela instituição. Em seus trabalhos, Mark Dickens segue uma linha de pop arte juntando pintura, fotografia, grafite e textos escritos em letra cursiva para traduzir suas impressões. “E essa é a proposta da ação com os alunos da ACAM. Dar vida a uma realidade que essas crianças vivenciam todos os dias. Torná-los, ao mesmo tempo, artistas e protagonistas de sua realidade”, explica o britânico Mark Dickens.

Campanha Mundial pela Paz - Let’s Make Words, Not war

'Let’s Make Words, Not war' é um projeto inédito que será lançado em Florianópolis no dia 03/11 e que em 2017 percorrerá o mundo. São camisetas do bem, para que as pessoas compartilhem mensagens, palavras de inspiração e não façam guerra. Cada camiseta leva uma letra do alfabeto, desenhada de forma estilizada. A ideia é promover a reflexão do poder da palavra nas relações interpessoais e o quanto isso reflete na imagem de mundo que temos hoje. Cada ação praticada no cotidiano e diante de pessoas que convivemos, conta e pode ser o começo de uma proposta de mundo melhor. Através da junção das pessoas usando as camisetas, palavras serão formadas e a união em prol do bem pode ser assim propagada. "Precisamos que as pessoas olhem para o seu próximo, busquem na união a construção de um mundo melhor”, explica o artista. A coleção completa é formada por 26 modelos, um por letra, e todos foram desenvolvidos por uma catarinense. A designer de moda, Gabriela Nazari de Souza, sócia da Alvazari, foi convidada pelo artista e abraça a campanha agregando mais um olhar à proposta. Um projeto pela paz e que também tem um cunho social, mas que pretende se propagar por trazer estilo ao somar tudo isso.

Sobre o artista

Dickens possui obras expostas em galerias na Europa, nações árabes e em coleções famosas, como a do xeique Hamdan Bin Zayed Al Nayan, dos Emirados Árabes Unidos. Desde 2004 contabiliza mais de 40 exposições em países como Inglaterra, Holanda, Emirados Árabes, Estados Unidos, Singapura, Brasil e Mônaco. O artista ganhou a confiança e o respeito da comunidade da Fórmula 1 graças ao trabalho que desenvolveu quando criou painéis emblemáticos das 19 cidades que sediaram as 19 provas do Mundial de 2011. As corridas foram reproduzidas em tons e formas bem marcantes. "Busco mostrar as belezas e o dinamismo de cada cidade onde a Fórmula 1 se apresenta, seus aspectos culturais e arquitetônicos'', explica. Atualmente, Mark Dickens é artista oficial da F1, com respeito e notoriedade tanto no mundo das artes quanto das pistas.

Da redação