Cresce o uso do celular para atividades escolares entre jovens do Ensino Médio
A resistência para o uso de dispositivos móveis na sala de aula tem se tornado menor, e estes aparelhos estão se transformando cada vez mais numa ferramenta de aprendizagem indispensável e preferida entre os alunos. É justamente o que mostra o resultado de uma pesquisa realizada pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, divulgada recentemente, que aponta que entre os estudantes do Ensino Médio, tanto nas escolas públicas quanto nas privadas, mais de 70% utilizam o celular para atividades escolares.
Para Fabio Silva, coordenador pedagógico do Ético Sistema de Ensino, tempos atrás, a falta de conhecimento dos docentes em como aplicar esse tipo de tecnologia na sala de aula para transmitir o conteúdo de suas disciplinas aos alunos era um dos principais entraves. “Por volta de 2010, a chegada da alta velocidade da conexão 3G pegou muitas escolas e professores de surpresa. Para saber como aproveitá-la, foi preciso tempo e dedicação a fim de conhecer suas possibilidades e como aplicá-las em sala de aula. Mas não havia como ignorá-la”, diz Silva.
Assim, a demanda exigiu das escolas mais investimentos nessa área. Hoje, o próprio Ético oferece a centenas de escolas espalhadas pelo país materiais pedagógicos em diferentes plataformas, como PC, tablets e celulares, e para diferentes disciplinas, tanto para uso dos alunos como também para dar suporte aos professores. “Em nossas bibliotecas digitais, por exemplo, alunos e professores têm acesso no celular ao mesmo conteúdo que recebem impresso, com rapidez e de qualquer lugar, pois podem acessá-lo mesmo que estejam offline”, diz Silva.
Uma nova ferramenta que será disponibilizada pelo Ético às escolas parceiras a partir de 2018 possibilitará os alunos a realizar tarefas de revisão - contidas em cada unidade do caderno impresso utilizado pelos professores - através do celular. “Este recurso permitirá que o aluno tenha autonomia e estude de forma linear, desenvolvendo o raciocínio lógico dentro e fora da sala de aula. Por ele, os professores também terão acesso a relatórios que mostram o desempenho alcançado por cada aluno, ajudando a identificar qual conteúdo precisa ser reforçado nas aulas, até mesmo de forma individual. Dinâmica favorecida pela tecnologia aplicada”, completa.
Para a pesquisa, realizada entre os meses de agosto e dezembro de 2016, o Comitê Gestor da Internet no Brasil consultou mais de 1.100 escolas públicas e privadas, tanto do Ensino Fundamental quanto Médio, e ouviu mais de 900 diretores, mais de 900 coordenadores pedagógicos, mais de 1.800 professores e mais de 11.000 alunos.
Da Redação