Contaminação na Lagoa do Peri mobiliza especialistas

O Grupo de Trabalho Saneamento, liderado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Cmads) da Assembleia Legislativa, foi instaurado na última semana, tendo como foco inicial a contaminação da Lagoa do Peri. Recentemente, o local apareceu como impróprio no relatório de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA). O grupo é integrado por representantes da comunidade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), da Companhia Catarinense de Aguas e Saneamento (Casan), da Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram) e do IMA. A próxima reunião está marcada para o dia 27 de março, às 17h, na Alesc.
“Além da situação da Lagoa do Peri, em Florianópolis, que é grave, existem questões ambientais em outros lagos e lagoas do estado, além das praias, claro. Nosso mandato e a comissão já têm atuado em vários desses locais, mas um grupo de trabalho expandido como esse pode acelerar e ampliar os avanços”, afirmou o deputado Marcos José de Abreu - Marquito (Psol), presidente da Cmads.
Os encaminhamentos mais urgentes para a Lagoa do Peri, que abastece mais de 100 mil pessoas no Sul e Leste da Ilha, foram: pedido de fiscalizações de fossas e sumidouros em locais próximos à Lagoa do Peri; apoio para que a Casan inicie o pagamento da compensação ambiental pelo uso da água, que viabilizará a execução de diversas ações do plano de manejo da unidade de conservação; e realização de diagnóstico, com obtenção de informações junto à Casan.
A secretária de Meio Ambiente da Associação de Moradores da Lagoa do Peri, Carolina Peccini, ressaltou que “a Lagoa do Peri tem saído de um problema para o outro. Teve a seca extrema em 2020, depois o avermelhamento em 2023, o impacto da colocação das placas da Casan (barreiras físicas na barragem de captação) no ano passado e agora a contaminação. A Lagoa está sofrendo com os extremos climáticos e com os extremos do uso dela”.
O professor da UFSC Paulo Horta ressaltou a urgência do cuidado com a Lagoa do Peri. “A questão da Lagoa do Peri está tirando o meu sono. Nós temos notícia não só do processo de carência da balneabilidade, mas também do eventual comprometimento de outros elementos que representam risco especialmente para idosos e crianças.”
Também compuseram a mesa: o professor Maurício Petrucio, do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC; a professora Michele Lopes, do Laboratório de Ecologia de Águas Continentais UFSC e da Associação Ecopaerve; o chefe da Agência Florianópolis da Casan, Rodrigo Henrique; o engenheiro sanitarista da Casan Rodrigo Costa Puerari; e a integrante do Coletivo UC da Ilha Fernanda Silva, discente do mestrado em Oceanografia da UFSC.
No dia 31 de março, a Cmads fará uma audiência pública sobre a situação crítica da Lagoa da Conceição.
Da redação
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