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Conheça a síndrome que pode afetar os cães durante o verão

Sintomas se intensificam em dias quentes e requerem atenção dos tutores (Foto: Reprodução/Internet)

Publicado em 17/01/2022

Durante o verão a incidência de casos de Síndrome Braquicefálica tende a aumentar, por conta da exposição ao sol e, consequentemente, ao calor, pois os cães, ao contrário dos humanos, perdem calor pela respiração e, nesse caso, a troca de calor fica dificultada. 

O médico veterinário e cirurgião geral, Cleiton Schneider Pereira, explica que a braquicefalia é uma má formação congênita que aparece em cães que possuem os focinhos mais curtos e achatados, no caso de raças como pugs, buldogues, boxers, shih tzus e pequinês, por exemplo. O especialista afirma que: “é importante ressaltar que nem todo cachorro de raça braquicefálica irá desenvolver ao longo da vida a Síndrome Braquicefálica, contudo, raças como pug, buldogue francês e buldogue inglês possuem 3,5 vezes mais chances de ter alguma alteração de via respiratória do que outras raças braquicefálicas”.

Por isso, não devemos sair para passear ou fazer exercícios com nossos cães nos horários de maior radiação solar. “É de extrema importância que os tutores se mantenham atentos aos sintomas. Os mais comuns são: dificuldade para respirar, respiração pela boca, tosse, salivação e ronco excessivo. Caso o cão fique muito inquieto após realizar exercícios, a dificuldade para respirar aumente e as mucosas fiquem arroxeadas, é necessário buscar atendimento veterinário de urgência”, explica Cleiton.

Os cães braquicefálicos tendem a apresentar narinas estenosadas, ou seja, muito pequenas, traqueias de menor diâmetro que o normal e palato mole alongado. “No caso das narinas estenosadas é possível realizar procedimento cirúrgico para aumentá-las; o excesso de palato mole também pode ser removido, a fim de melhorar a respiração do animal. Procedimentos de correção como este costumam ser simples, mas como toda cirurgia, há um risco de complicações pós-operatórias de 6% a 26%, a depender das condições de saúde de cada cão”, informa o médico veterinário.

Doenças pré-existentes, como diabetes e obesidade podem agravar o quadro da Síndrome Braquicefálica, assim como qualquer outra doença respiratória que o animal possua. “O tratamento cirúrgico é uma forma de aliviar os sintomas, contudo, o ideal é esperar o animal completar 1 ano de idade, pois já terá completado sua fase de crescimento, e assim terá uma avaliação mais assertiva da cirurgia de correção. Por conta da braquicefalia, o animal sempre terá uma dificuldade respiratória, mas com o procedimento ele terá uma melhor qualidade de vida”, finaliza.

 

Da redação

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