Imagem da Ilha

O processo de dar limites a crianças de até dois anos pode ser muito importante para outras fases da vida delas, ajudando-as a entender quais atitudes são perigosas e quais não são. Pais devem estar se perguntando: não é muito cedo pensar em limites nesta idade? “É uma fase da vida em que o bebê é muito curioso, quer explorar todo ambiente da casa, e não tem noção do que pode ou não apresentar risco, por isso é essencial limitar algumas de suas ações”, explica Karin Kenzler, psicóloga clínica.

Algumas situações que acontecem com frequência e que precisam de intervenção são jogar coisas, brincar na tomada, tentar descer escada, tocar em um forno quente e puxar o rabo de animais, como gatos e cachorros. Nestes casos, pode ser que o "não" seja tão comum que perca eficiência e os bebês continuem a fazer mesmo assim. Aqui é essencial usar a criatividade para tentar mudar o cenário e ser ouvido, como por exemplo sugerir outra atividade para despistar do objeto proibido.

Esse exercício é relevante para que os filhos se desenvolvam e entendam, no futuro, até onde podem ir e o que não devem fazer. “O limite faz a criança ter noção que os acontecimentos são findos e isso é essencial. Crianças sem limites se tornam insaciáveis, e por essa razão, muitas vezes, infelizes. Além de que, a ação de falar não ensina desde cedo os bebês e as crianças a lidarem com a frustração”, explica a psicóloga.

Como pais, é preciso deixar de lado o medo de decepcionar os filhos, isso vai acontecer uma vez ou outra. Esse sentimento também é válido: ele vai ensinar os filhos a criarem ferramentas para encarar conflitos quando maiores. Karin relembra que “tudo que é aprendido quando criança, de alguma forma, vai reverberar no futuro”.

Da redação

Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!
Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp