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CASAN fiscaliza ligações clandestinas de esgoto no Itacorubi

(Foto: Divulgação)

Publicado em 29/11/2016

Com o objetivo de conter o mau cheiro e vazamentos de esgoto na rede de coleta que ainda não está em operação no bairro Itacorubi, em Florianópolis, a CASAN realizará uma ação de fiscalização e orientação nesta quarta-feira, 30. A ação ocorrerá nas ruas Antônio Joaquim de Freitas, Professor Airton Roberto de Oliveira, Antônio Costa, Acelon Pacheco da Costa e Jornalista Manoel de Menezes. 

“Vamos abrir as caixas de inspeção e verificar de onde vem o esgoto clandestino. No momento em que uma situação desse tipo for identificada, vamos notificar o infrator e lacrar a saída clandestina de esgoto para a rede pública”, explica o engenheiro Sanitarista e Ambiental Francisco Pimentel, chefe do Setor Operacional de Esgotos da CASAN em Florianópolis. A empresa também desenvolve ações com comunidade e empresariado para despoluir o Norte da Ilha

Esta vistoria tem respaldo da Resolução 046 da agência reguladora ARESC, que permite à CASAN aplicar sanções a usuários que estiverem realizando alguma infração ou intervenção indevida no sistema público. A Companhia, porém, não tem poder de polícia para acessar os imóveis, o que deve ser feito pelo Programa Floripa Se Liga na Rede, coordenado pela Prefeitura e Vigilância Sanitária.

Em paralelo à fiscalização e aos lacres, profissionais da Companhia estarão à disposição de moradores do Itacorubi para prestar informações, sanar dúvidas técnicas e orientar sobre a impossibilidade de ligar os imóveis à rede implantada no bairro, que ainda não está pronta para operar.

Para colocar em operação esta rede a CASAN possui projeto de ampliação da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Insular, localizada no aterro da Baía Sul, que terá capacidade para atender também os bairros Itacorubi, Santa Mônica, Parque São Jorge, Córrego Grande e José Mendes. A expectativa da CASAN é poder lançar esse edital ainda neste Verão, prevendo recursos de aproximadamente R$ 80 milhões para ampliação da Estação.

“O morador só poderá fazer sua ligação à rede da CASAN quando esta unidade estiver ampliada e receber autorização da Companhia. Antes disso, cada imóvel deve possuir tratamento individual, como por exemplo, fossa e sumidouro. Ligações às redes que não estão em operação trazem sérios prejuízos à qualidade de vida na cidade, além do mau cheiro que se espalha pela região”, complementa Pimentel. Além disso, pode gerar extravasamentos de esgoto nos pontos mais baixos da rede.

Ação no Campeche

Ação semelhante de fiscalização na rede pública de esgoto será realizada no Campeche na próxima semana. Também nesse bairro há constantes problemas de vazamentos na rede que aguarda a construção da Estação de Tratamento de Esgotos do Rio Tavares para entrar em operação.

Para implantação dessa ETE a CASAN já realizou licitação e a empresa vencedora é a Infracon, de Minas Gerais. Atualmente o resultado da licitação e o contrato para execução das obras estão em análise pela Caixa Federal (órgão financiador do projeto) e Ministério das Cidades.

A unidade que será construída em terreno da CASAN no Rio Tavares receberá investimento de R$ 34,8 milhões, permitindo que entrem em operação, em uma primeira etapa, quase 45 quilômetros de redes já implantadas no Campeche. O tratamento será do tipo terciário, considerado o mais completo. O prazo de construção será de 24 meses, e somente depois os moradores receberão orientação da CASAN para fazer sua ligação à rede coletora. 

Orientações para regiões com redes de esgotos que não estão em operação:

:: Moradores devem ter seu tratamento individual de fossa e sumidouro

:: Faça periodicamente a manutenção de seu sistema individual. No caso de fossa, limpeza com auxílio de caminhão auto vácuo devidamente regularizado

:: A caixa de gordura também deve ser limpa periodicamente, no máximo a cada 6 meses ou menos dependendo do uso

:: No caso de serviço por caminhões limpa-fossa, o prestador pode limpar também a caixa de gordura

:: No caso de limpeza manual, o material sólido retirado da caixa de gordura deve ser colocado em um saco de lixo e descartado junto aos demais resíduos coletados pela Comcap

:: No caso de estabelecimentos como restaurantes, a frequência de limpeza deve ser bem maior, em alguns casos até toda semana