Bebidas adulteradas colocam catarinenses em alerta
O consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol, substância de uso industrial e proibida em destilados, levou o Brasil a registrar um aumento recente de casos de intoxicação. A situação é considerada Evento de Saúde Pública e colocou Santa Catarina em estado de atenção.
Embora o estado ainda não registre casos confirmados, o governo decidiu agir de forma preventiva, reforçando protocolos de saúde, disponibilizando antídoto na rede pública e intensificando a fiscalização em estabelecimentos comerciais.
O que é o metanol e por que é perigoso
O metanol é utilizado na indústria química como solvente, combustível e em produtos de limpeza. Quando ingerido, é altamente tóxico, podendo causar intoxicações graves, sequelas permanentes — como cegueira irreversível — e até a morte.
Como identificar sinais de intoxicação
Os sintomas podem aparecer entre 6 e 24 horas após a ingestão da bebida adulterada.
Entre os sinais iniciais estão:
dor de cabeça, tontura, náuseas e vômitos;
alterações visuais, como visão turva ou borrada;
quadro de “embriaguez atípica”.
Nos casos graves, podem ocorrer convulsões, coma, falência de órgãos e óbito.
Qualquer alteração visual após ingerir bebida suspeita deve ser considerada forte indício de intoxicação.
Orientações à população
A Secretaria de Estado da Saúde reforça cuidados essenciais na compra e consumo de bebidas alcoólicas:
Compre apenas em estabelecimentos confiáveis e legalizados;
Desconfie de preços muito abaixo do mercado;
Verifique se o lacre da garrafa está intacto e se o rótulo é de boa qualidade, sem erros de impressão;
Observe se o líquido está límpido, sem partículas ou impurezas;
Guarde a embalagem e registre o local de compra em caso de suspeita.
Caso haja desconfiança de adulteração, a recomendação é não consumir o produto e acionar a Vigilância Sanitária municipal.
O que fazer diante de casos suspeitos
Quem apresentar sintomas após consumir bebida suspeita deve procurar atendimento médico imediatamente.
Os serviços de saúde em Santa Catarina estão orientados a acionar o CIATox/SC, disponível 24 horas pelos números 0800 643 5252 e (48) 3721-9173, para garantir diagnóstico e tratamento adequados.
O antídoto contra intoxicação por metanol já está disponível na rede pública do estado, e os casos devem ser registrados no Sistema de Notificação e comunicados à Vigilância Sanitária, que atuará junto ao Procon e à Polícia Civil nas investigações.
Fiscalização reforçada
A Vigilância Sanitária intensificou inspeções em bares, restaurantes, distribuidoras e casas noturnas para identificar bebidas sem procedência. O Procon/SC estabeleceu um Procedimento Operacional Padrão (POP) que obriga estabelecimentos a comprovar a origem lícita dos produtos. Produtos suspeitos podem ser apreendidos e os locais, responsabilizados.
Segundo o governador Jorginho Mello, “mesmo sem casos em Santa Catarina, já determinamos aumento da fiscalização, antídoto disponível e a rede de saúde preparada. Estamos com o Procon e as forças de segurança atentos a qualquer indício”.
O secretário da Saúde, Diogo Demarchi, destacou que toda a rede recebeu orientação técnica e está pronta para atender possíveis casos com exames rápidos e tratamento imediato.
A diretora do Procon/SC, delegada Michele Alves, reforça: “Santa Catarina está preparada para enfrentar a crise do metanol nas bebidas. Todo caso suspeito será investigado”.
Veja mais detalhes aqui.
Da redação
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