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Anvisa libera medicamento e vacina contra varíola dos macacos

As 50 mil doses compradas serão prioridade para profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato direto com doentes (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) **Clique para ampliar

Publicado em 26/08/2022

A Anvisa determinou a dispensa de registro para que o Ministério da Saúde (MS) importe e utilize o medicamento Tecovirimat e a vacina Jynneos/Imvanex para tratamento e imunização da doença monkeypox (varíola dos macacos) no Brasil. A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao MS, e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.

A vacina será destinada a adultos com 18 anos ou mais. De acordo com o Ministério da Saúde, por enquanto, as 50 mil doses compradas serão prioridade para profissionais de saúde que manipulam as amostras recolhidas de pacientes e pessoas que tiveram contato direto com doentes, pois não há recomendação da Organização Mundial da Saúde recomendação para vacinação em massa para a varíola dos macacos. 

O virologista da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Eduardo Flores, analisa que a vacinação será voltada para os grupos de risco. “Não sei se haverá necessidade de vacinação em massa no Brasil e em todo o mundo. Provavelmente as vacinações em alguns locais vão ser vacinações de bloqueio, que são vacinações de grupos de risco e grupos de pessoas que estão mais expostas”, completa.

Medidas de controle 

Meiruze Freitas, diretora na Anvisa, destacou que a monkeypox é causada por um vírus semelhante à varíola, portanto, espera-se que a vacina contra a varíola previna ou reduza a gravidade dessa infecção. Contudo, ressaltou a necessidade da condução de estudos de monitoramento para a confirmação da efetividade da vacina para a prevenção da monkeypox.

O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, reforça que o uso do Tecovirimat servirá para obter um conhecimento melhor sobre a medicação, pois ainda não há dados humanos que demonstrem a eficácia do medicamento para o tratamento do vírus. “Esse medicamento não tem o poder de frear o surto da monkeypox. É um medicamento para uso compassivo”, concluiu o Ministro.

Ainda como parte do controle da doença, todos os resultados dos exames realizados para a detecção do vírus Monkeypox deverão ser notificados ao Ministério da Saúde, mesmo os negativos ou inconclusivos. A determinação da obrigatoriedade foi publicada no Diário Oficial da União nessa quinta-feira, 25, e vale para os laboratórios das redes públicas, privadas, universitárias e outros, em todo o território nacional.

Primeiro caso de varíola dos macacos em animal doméstico

A Fundação Ezequiel Dias (FUNED) confirmou e notificou o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde de Minas Gerais (CIEVS Minas) sobre o primeiro caso confirmado de monkeypox em um animal doméstico. Um cachorro de 5 meses que teve contato com um humano infectado com o vírus apresentou os sintomas iniciais no dia 13 de agosto, em Juiz de Fora. O dono foi orientado a desinfetar o local, isolar o cão e proteger a pele com luvas, máscara, blusa de manga comprida e calça durante contato com o animal. 

De acordo com o MS, até então no Brasil, não havia evidência documentada de transmissão da doença do ser humano para animais. No entanto, diante das últimas notificações, esse tipo de transmissão está sendo estudada. Pessoas infectadas devem evitar contato com animais, para evitar a propagação do vírus. 

Fonte: Brasil 61

Da redação
 

Leia também: Varíola dos macacos: o que você precisa saber - Parte 3

 

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