78,5% das famílias brasileiras estão endividadas
Em julho deste ano, a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) revelou que 78,5% das famílias brasileiras possuem dívidas a vencer, enquanto 28,8% têm dívidas em atraso, e 11,9% afirmam que não conseguirão quitá-las. No mesmo período, entrou em vigor a resolução conjunta n.º 8/2023 do Banco Central (BC), que obriga as instituições financeiras a oferecerem ações de educação financeira a seus clientes, buscando promover uma melhor gestão do orçamento familiar e prevenir a inadimplência.
“Embora o endividamento não seja de todo ruim, podendo indicar maior acesso a recursos e uma economia estimulada, se torna preocupante quando afeta a capacidade de pagamento. Em muitos sentidos, a nova medida do BC é positiva, pois capacita e dá mais autonomia para o consumidor. No entanto, liberdade financeira não é apenas estar livre de dívidas, é poder viver sem a constante preocupação com dinheiro. É por isso que, além do endividamento, é importante falar sobre investimento”, afirma André Bobek, especialista em planejamento financeiro.
Em 2023, o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB), elaborado pela Febraban, revelou que 28% dos entrevistados enfrentavam estresse devido a compromissos financeiros, e 68% não se sentiam seguros em relação ao futuro financeiro. A pesquisa também revelou que um terço dos brasileiros acredita que a maneira como cuidam de suas finanças não os permite aproveitar a vida plenamente. Esses dados revelam um desequilíbrio na saúde financeira de grande parte da população.
Para manter as finanças em ordem, André Bobek destaca a importância de controlar o orçamento, criar uma reserva de emergência, quitar dívidas e investir. “Essas práticas ajudam a se preparar para imprevistos e a planejar o futuro. Os investimentos são uma ferramenta vital para garantir estabilidade financeira e mais qualidade de vida”, destaca o especialista.
Além de contribuir para o crescimento do patrimônio, os investimentos promovem uma saúde financeira mais estável, gerando rendimentos que complementam a renda principal, protegem contra a inflação e aumentam a segurança financeira.
Da redação
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