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Santa Catarina registrou um aumento significativo no número de pessoas que utilizaram a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para apoiar projetos sociais. Em 2025, 20.296 catarinenses destinaram parte do imposto a iniciativas sociais, o que representa um crescimento de 28,64% em relação ao ano anterior, quando o número ficou em 15.776, segundo dados da Receita Federal.

O montante repassado também subiu: R$ 21,4 milhões foram direcionados, contra R$ 16,8 milhões em 2024, o que representa uma alta de 27,49%. Apesar da evolução, o total ainda é tímido se comparado ao potencial: apenas 3,95% dos R$ 542,5 milhões possíveis foram efetivamente destinados pelos contribuintes.

Mobilização da indústria

A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) é uma das entidades que trabalham para ampliar esse número. Para o presidente da instituição, Mario Cezar de Aguiar, o avanço é positivo, mas há um longo caminho a percorrer. “O número de doadores e o volume de recursos aumentaram novamente, mas ainda estamos muito abaixo do que poderíamos atingir. A indústria vai continuar estimulando esse tipo de contribuição”, afirma.

A FIESC realiza, todos os anos, a campanha IRPF do Bem, voltada a conscientizar e instruir os contribuintes sobre como utilizar parte do imposto para transformar realidades sociais em seus próprios municípios.

Como funciona

O contribuinte pode destinar até 3% do IRPF devido aos Fundos da Criança e do Adolescente, e outros 3% aos Fundos da Pessoa Idosa. A gestão desses fundos é feita por conselhos locais, formados por representantes da sociedade civil e do poder público, com fiscalização de órgãos como o CONANDA.

Esses recursos são aplicados em ações que promovem os direitos e o bem-estar de crianças, adolescentes e idosos da própria cidade do doador. A operação é realizada diretamente na declaração de imposto, sem custo extra e sem impactar o valor da restituição.

Incentivo ao setor empresarial

Além das pessoas físicas, a FIESC também atua junto a empresas, promovendo a destinação do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) para projetos sociais. Duas frentes se destacam nessa mobilização: o programa Fundo Social, que orienta empresas ao longo de todo o ano, e o Elabora Social, iniciativa que conecta organizações sociais a empresas interessadas em contribuir por meio de incentivos fiscais.

Da redação

Fonte: RCN

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