O que realmente aconteceu em 1777?
A conquista da Ilha de Santa Catarina durou pouco, mas seus efeitos foram profundos
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VOCÊ SABIA?
No dia 23 de fevereiro de 1777, uma monumental esquadra espanhola composta de 117 embarcações, cerca de 12 mil homens e centenas de canhões, invadiu a Ilha de Santa Catarina.
"A expedição sob o comando de D. Pedro de Cevallos saiu do Porto de Cádiz, na Espanha, em 13 de novembro de 1776. Certo da superioridade de seu poderio bélico, em embarcações, homens e armas, ancorou seus navios por trás da Ilha do Francês, defronte à praia de Canasvieiras. O desembarque e o ataque por terra às fortificações ocorreram na madrugada do dia 23 de fevereiro de 1777, tomando de imediato a Bateria de São Caetano e no dia seguinte a Fortaleza de Ponta Grossa, e estendendo-se até a tomada da Vila de Desterro (atual Florianópolis), no dia 26. Não houve resistência. O termo de capitulação incondicional dos portugueses foi assinado em 28 de fevereiro".
"O tenente-coronel D. Juan Roca foi nomeado Governador. Para cada uma das freguesias da Ilha foi designado um sacerdote espanhol. A população não foi prejudicada, pois os invasores respeitaram as propriedades. Ocorreram atentados contra livros eclesiásticos que foram perdidos, mutilados ou destruídos. No continente, os espanhóis pouco se assenhorearam. Tomaram a Armação Grande de Nossa Senhora da Piedade (próximo à Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim), onde caçaram baleias e produziram azeite".
"A ocupação castelhana da Ilha de Santa Catarina durou um ano, 4 meses e 25 dias. Por força do Tratado de Santo Ildefonso de 1° de outubro de 1777, a Ilha de Santa Catarina e parte do continente fronteiro a ela foram devolvidos a Portugal, em 31 de julho de 1778. A Ilha foi entregue pelo Brigadeiro Waughan ao governador português Veiga Cabral da Câmara, com todas as suas fortalezas, artilharia e munições. A 3 de agosto, Veiga Cabral tomou posse perante a Câmara da Vila do Desterro, e, no dia 4, fez realizar na Igreja Matriz um “Te Deum” em ação-de-graças." (Texto condensado do CD-ROM "Fortalezas MUltimídia", de Roberto Tonera, Florianópolis: Editora da UFSC, 2001).
Saiba mais sobre a invasão espanhola consultando a reportagem especial sobre as fortalezas ou consultando as diversas bibliografias publicadas no Banco de Dados Internacional Sobre Fortificações, entre elas as publicações de Sara Regina Silveira de Souza, Cláudio Moreira Bento, Manoel Joaquim de Almeida Coelho, entre outros.
Da redação
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