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Viu, gostou? Pode comprar já!
Temporadas de moda correm para tentar acompanhar o desejo de consumo imediato que as redes de conexão global imprimiram

Comemorando 45 anos de história na moda do Brasil, a Ellus fez uma releitura dos seus principais momentos (Crédito: Zé Takahashi / Fotosite)

Publicado em 21/03/2017

Este é um novo comportamento que vai se consolidando. O hábito do imediatismo que se instalou nestes últimos anos mudou o cenário da moda também. Desfiles nacionais – e internacionais – aderiram ao conceito see now, buy now (veja agora, compre agora) e abrem a passarela para criações que saem de lá direto para as vitrines e araras das lojas. Não foi diferente na recém-temporada da São Paulo Fashion Week. “Marca de ateliê já trabalha dessa forma, com as criações prontas para consumir”, comenta o estilista catarinense Lui Iarocheski que já tem lugar garantido em alguns eventos pelo Brasil e fora daqui também.

Para ele, este novo conceito “é inovador para a indústria, que precisa se colocar no mercado e vender”, analisa o profissional. A proposta, ainda polêmica para alguns olhos, pode estar simplesmente invertendo um processo. Citando Dolce & Gabanna, Iarocheski lembra que a linha de produção segue todo o processo criativo, o que muda é a agilidade em colocar à venda, imediatamente, tudo o que foi apresentado em desfile. Por outro lado, pode parecer extremamente comercial. Como algumas das coleções apresentados na São Paulo Fashion – o que pode parecer na contramão do conceito singular de Moda. Se o glamour se perdeu? Quem sabe... Mas o mercado se adapta.