Imagem da Ilha

Corpos fortes e musculosos vêm virando tendência entre os frequentadores das academias. O biotipo é desejado por muitos, mas além da estética, a massa muscular é extremamente importante para o corpo em todas as fases da vida.

Dentro desse contexto, existem diversas pessoas que acabam desenvolvendo um transtorno psicológico chamado vigorexia, um subtipo do Transtorno Dismórfico Corporal, que nada mais é do que a distorção da imagem e sentimento de inferioridade. “O vigoréxico está em busca de sempre aumentar a massa muscular e se vê menor do que realmente é”, explica o educador físico José Corbini.

Por estarem sempre em busca do corpo perfeito, muitas dessas pessoas passam mais tempo do que o necessário nas academias, aumentando cargas, séries e repetições, tendem a tomar anabolizantes e ainda seguem dietas extremamente ricas em proteínas sem o acompanhamento de um nutricionista. “Todos nós sabemos que o acompanhamento de um profissional é essencial para alcançar seus objetivos sem comprometer a saúde”, complementa o profissional.

Assim como na anorexia, a vigorexia causa distorção da imagem. No primeiro caso, no entanto, a pessoa é magra e se vê “gorda”, lutando para perder ainda mais peso. Já na vigorexia, ela se vê magra e pequena, mesmo que seu corpo seja saudável, e luta para ganhar cada vez mais massa muscular.

Tratamento multidisciplinar

Apesar do educador físico e nutricionista estarem diretamente ligados ao paciente com vigorexia, por se tratar de um transtorno psicológico, o tratamento é feito de forma multidisciplinar. “O educador físico, por estar dia a dia com aquela pessoa, pode perceber alguns sintomas, mas o tratamento envolve também nutricionistas, psicólogos e, em alguns casos, até mesmo médicos”, afirma Corbini.

“A pessoa deve ser orientada a realizar exercícios físicos voltados para o bem-estar e saúde do corpo, mas é necessário respeitar seus próprios limites”, complementa.

Já de acordo com a psicóloga Cristiana de Castro, realizar terapia também é necessário e muito benéfico nesse caso, pois todo transtorno psicológico deve ser acompanhado por um profissional. “Assim como em outros casos, no entanto, pode ser necessário encaminhar esse paciente para um psiquiatra para que o psicólogo e o médico trabalhem em conjunto”, afirma. “Em casos mais graves, quando a pessoa com vigorexia desenvolve também um quadro de depressão ou ansiedade, o tratamento pode ser medicamentoso e só um médico pode definir isso”, pontua.

Ainda segundo a psicóloga, os sintomas da vigorexia começam com a insatisfação com o corpo, passando pela prática exagerada de exercícios físicos, podendo chegar a depressão, ansiedade e insônia. “É um transtorno mental que afeta diversas áreas da vida, desde o bem-estar físico até a alimentação”, finaliza.

Da redação

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