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Sombra na visão
A principal causa da catarata é o envelhecimento do organismo

Foto: Reprodução

Publicado em 18/10/2018

A evolução da catarata costuma ser lenta e pode afetar primeiro um dos olhos e só mais tarde o outro. A doença é caracterizada por uma lesão ocular que atinge e torna opaco o cristalino (lente natural situada atrás da íris cuja transparência permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina para formar a imagem), comprometendo a visão. “A pessoa inicialmente vê como se a lente dos óculos estivesse embaçada ou como se houvesse uma névoa diante dos olhos. Com o avanço da doença, porém, a dificuldade aumenta progressivamente e a pessoa passa a enxergar apenas vultos, evoluindo, às vezes, até a cegueira”, alerta o médico oftalmologista Pedro Santa Ritta.

A principal causa da catarata é o envelhecimento do organismo, porque o cristalino do olho começa a se tornar mais grosso e o corpo é menos capaz de nutrir este órgão. Porém existem outras causas, como exposição excessiva ao sol, diabetes ou hipotireoidismo, infecções e processos inflamatórios. Dependendo da causa, a catarata pode ser considerada adquirida ou congênita, porém as congênitas são muito raras e surgem, geralmente, em indivíduos com o mesmo caso na família.

O único tratamento para catarata é o cirúrgico. O objetivo da cirurgia é substituir o cristalino danificado por uma lente artificial que recupera a função perdida. Essa lente pode também corrigir vários problemas de visão. “Graças ao avanço tecnológico, é possível implantar lentes especiais que permitem eliminar os óculos para longe e, em alguns casos, os óculos para perto”, explica Santa Ritta. O cristalino pode ser retirado inteiro ou por uma técnica chamada facoemulsificação (um aparelho tritura e aspira o cristalino). A cirurgia da catarata é indicada geralmente a partir dos 60 anos, mas pode ser feita em pacientes mais jovens, dependendo do caso.