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Quanto mais cedo melhor
Tratamentos modernos auxiliam na melhora do estrabismo

Diagnóstico precoce permite uma maior eficácia ao tratamento (Crédito: Reprodução)

Publicado em 18/10/2018

Doenças oculares podem ocorrer em qualquer idade. Graças aos avanços da tecnologia, os tratamentos estão cada vez mais modernos e podem solucionar o problema por completo se ele for diagnosticado precocemente por um médico oftalmologista. Uma dessas patologias, que podem acometer crianças, jovens e adultos é o estrabismo.

O estrabismo consiste no desalinhamento dos olhos - ou a falta de paralelismo ocular -, e tem início, na maioria dos casos, na infância, mas também pode ocorrer durante a vida adulta. De acordo com a oftalmologista Claudia Leite, um dos hábitos modernos que vem contribuindo para o seu aparecimento ou agravando um quadro já existente é o uso indiscriminado de dispositivos móveis, como celulares e tablets, por crianças, jovens e adultos. “Estudos indicam a relação do estrabismo e também da miopia em graus elevados ao excesso de esforço visual para perto, geralmente imposto por horas em frente às telas eletrônicas”, alerta. 

O estrabismo pode ser definido como: manifesto (quando é visível), não manifesto (geralmente diagnosticado durante o exame), intermitente (se manifesta ocasionalmente). “Quanto mais precoce melhor e mais rápida a resposta ao tratamento”, destaca. Dentre os sintomas relacionados ao distúrbio estão dor de cabeça, visão dupla e baixa autoestima devido à questão estética. 

A abordagem mais utilizada para a escolha do tratamento é a idade em que o estrabismo aparece, que o classifica em: congênito (presente ao nascer ou aparece até a criança completar um ano de idade); infantil (de 1 aos 7 anos); adulto; e secundário, que pode aparecer em qualquer idade após algum trauma ou tumor encefálico, orbitário ou ocular, baixa visão, acidente vascular cerebral (AVC), alta miopia, dentre outros casos.

Os tratamentos mais utilizados são: o uso de lentes corretivas (óculos) para melhora da qualidade de visão do olho de baixa visão (geralmente até os 7 anos de idade); exercícios ortópticos, indicados para alguns tipos de estrabismo; toxina botulínica, utilizada em alguns tipos de estrabismo; e cirurgia, que quando indicada, pode ser realizada em qualquer idade, e que, em alguns casos é a única opção de tratamento.