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As medidas do campo magnético de dispositivos eletrônicos portáteis e o risco que existe nos bolsos de cada pessoa que é portadora de um dispositivo eletrônico cardiovascular implantável.

            A revista “Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology” deste mês de março, publicou um estudo que avaliou o campo magnético de dispositivos eletrônicos portáteis, como telefones celulares e tablets, e a sua relação com dispositivos eletrônicos cardiovasculares implantáveis, como marcapassos cardíacos artificiais e cardiodesfibriladores implantáveis.

            O modo magnético de um dispositivo eletrônico cardiovascular implantável é projetado para podermos facilmente configurar os dispositivos eletrônicos cardiovasculares para um modo padrão. Isso resulta principalmente na suspensão da detecção de uma arritmia cardíaca pelos desfibriladores e na passagem para o modo assíncrono nos marcapassos cardíacos artificiais. Na prática clínica um ímã dedicado pode ser aplicado externamente para acionar o modo magnético do dispositivo eletrônico cardiovascular. Este ímã apresenta um campo de força máximo de mais de 100 Gauss a uma distância de 3 cm. Contudo, baseado na padronização de uma organização reconhecida pela Food and Drug Administration, um mínimo campo de força de 10 Gauss já é suficiente para acionar o modo magnético de um dispositivo eletrônico cardiovascular.

            O telefone celular iPhone 12 da Apple foi testado para se avaliar o grau de interferência nos dispositivos eletrônicos cardiovasculares. Não somente o iPhone 12, mas também outros dispositivos eletrônicos como telefones celulares e tablets foram testados para saber se podem interferir com os dispositivos cardiovasculares implantáveis. O iPhone 12 da Apple tem demonstrado possuir um campo magnético forte o suficiente para inibir o acionamento de desfibriladores cardíacos implantáveis ou para colocar marcapassos cardíacos artificiais no modo assíncrono. Isto tem levado médicos especialistas em arritmias cardíacas e marcapassos a recomendarem que este aparelho de telefone celular não seja transportado próximo a marcapassos cardíacos ou desfibriladores cardíacos implantáveis. Pensava-se que este problema era exclusivo do iPhone 12 por causa dos fortes ímãs intencionalmente colocados neste telefone celular. Contudo, após avaliação de outros dispositivos eletrônicos portáteis, pesquisadores encontraram 3 outros aparelhos, o Apple AirPods Pro e o seu carregador sem fio, a Microsoft Surface Pen, e o Apple Pencil second generation. Todos estes dispositivos apresentam um campo magnético forte o suficiente para afetar o desempenho de dispositivos eletrônicos cardíacos implantáveis. A distância mínima para cada um desses dispositivos causar interferência, foi de 8 a 18 mm. Assim como o iPhone 12, estes outros dispositivos também não devem ser carregados em bolsos ou bolsas próximas aos dispositivos eletrônicos cardiovasculares. O mais seguro é manter uma distância de pelo menos 5 cm entre os dispositivos eletrônicos.

Fonte:  Revista “Circulation: Arrhythmia and Electrophysiology

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