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Em dia com a visão
A importância do exame oftalmológico em adolescentes e adultos

Consultas regulares podem prevenir a cegueira, dentre outras doenças (Crédito: Reprodução)

Publicado em 08/05/2020

Estima-se que em 2020 já sejamos 212 milhões de brasileiros, dos quais 14,5% adolescentes (10-19 anos de idade) e 57,4% adultos (20-59 anos de idade). A prevalência estimada de cegueira no Brasil entre 15-49 anos é de 0,15%, ou seja, cerca de 169 mil pessoas. Apesar de ser oito vezes menor do que na faixa etária acima de 50 anos, atinge a parcela mais ativa da população causando um grande impacto à economia.

Um fator positivo é que a maior parte das pessoas deste grupo tem a percepção da doença ocular através da diminuição da visão ou de outros sintomas, levando-as a procurar atendimento oftalmológico. Porém, existem inúmeras doenças oculares que podem ser silenciosas e que, quando percebidas, já estão em um estágio avançado e muitas vezes com dano irreversível. Na adolescência e fase adulta, os erros refrativos são os maiores responsáveis pela baixa visão, destacando-se a crescente incidência de Miopia.

Outras doenças degenerativas, hereditárias ou não, da córnea e da retina, aparecem mais frequentemente a partir da segunda década. O Glaucoma, a Catarata e a Presbiopia são mais prevalentes após os 40 anos. A Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) aparece geralmente após os 50 anos. Ainda, o uso crônico de alguns medicamentos e doenças sistêmicas como: Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial e doenças autoimunes, podem também afetar os olhos, que devem, assim, ser examinados periodicamente conforme orientação do médico assistente.

Não há um consenso quanto à frequência do exame neste grupo, porém, na ausência de sintomas, fatores hereditários ou de doenças sistêmicas, sugiro exame oftalmológico a cada dois anos até os 40 anos e anualmente após esta idade. Desta forma, poderemos diagnosticar e tratar precocemente as doenças oculares, evitando muitas vezes a cegueira ou a baixa visão.