00:00
21° | Nublado

Diagnóstico de Alzheimer deve triplicar até 2050
Estudos apontam que a doença pode começar a afetar o cérebro duas décadas antes dos primeiros sintomas

Diagnóstico de Alzheimer deve triplicar até 2050
Com projeção de crescimento alarmante, o Alzheimer já dá sinais no cérebro duas décadas antes dos sintomas aparecerem. (Foto: Freepik)

Publicado em 29/06/2025

Mais de 50 milhões de pessoas vivem com Alzheimer no mundo, e esse número deve triplicar até 2050. No Brasil, dados do Conselho Nacional de Saúde (CNS) indicam que 1,8 milhão de pessoas foram diagnosticadas com a demência até 2019. A projeção para 2050 é de 5,7 milhões de brasileiros, o que representa  um aumento de 206%.

Essa inversão do topo da pirâmide se deve porque a tendência é que, nos próximos vinte anos, teremos mais idosos do que jovens no mundo, já que a longevidade e a qualidade de vida estão crescendo. Como o Alzheimer é uma doença do envelhecimento, o número de casos tende a crescer.

Especialistas apontam que as placas de amiloide, características do Alzheimer, começam a se formar no cérebro cerca de 20 anos antes dos primeiros sintomas de perda de memória. Agora, uma pesquisa da Universidade de Columbia, publicada neste mês na revista The Lancet Regional Health, revela que indícios de risco do Alzheimer já podem ser identificados em adultos na faixa dos 20 anos. 

Para o farmacêutico Liberato Brum Junior, o desenvolvimento de medicamentos enfrenta desafios significativos, principalmente devido à complexidade da doença e à compreensão ainda limitada de suas causas. “Os estudos clínicos são longos, caros e apresentam alto risco de insucesso. Nesse cenário, a identificação precoce da doença, por meio de biomarcadores mais precisos, e o desenvolvimento de modelos experimentais mais representativos são essenciais para avançar nas pesquisas e encontrar tratamentos que melhorem a qualidade de vida dos pacientes”, explica.

Sinais de alerta

Esquecimentos frequentes estão entre os primeiros e mais comuns indícios da doença, o geriatra Clóvis Cechinel ressalta que não são os únicos. “Além da perda da memória recente, esquecer informações recém-aprendidas, compromissos ou onde colocou objetos com frequência podem ser um sinal. Também é importante observar dificuldades para planejar e resolver problemas, desorientação no tempo e espaço, perder-se em lugares familiares, confundir onde está e problemas de linguagem”, ressalta o médico. 

Outros sintomas incluem mudanças de humor e comportamento, como irritabilidade, depressão, ansiedade, retraimento social, evitar interações, hobbies ou atividades que antes eram prazerosas. “O diagnóstico do Alzheimer é muito complexo, nenhum sinal deve ser desconsiderado. Muitas vezes, o próprio paciente não percebe o declínio cognitivo; os familiares tendem a considerar esse processo natural da idade, e os profissionais de saúde nem sempre estão preparados para reconhecer a doença. Por isso, é fundamental a consulta com especialistas”, afirma Clóvis.

 

 

Da redação

Para receber notícias, clique AQUI e faça parte do Grupo de WHATS do Imagem da Ilha.

Gostou deste conteúdo? Compartilhe utilizando um dos ícones abaixo!

Pode ser no seu Face, Twitter ou WhatsApp!

Para mais notícias, clique AQUI