Comunicação aberta ajuda na adesão à vacina contra o HPV
O vírus não escolhe gênero, ele afeta homens e mulheres e pode causar diferentes tipos de câncer

O HPV é a infecção sexualmente transmissível viral mais comum no mundo, segundo o artigo científico “Epidemiologia do papilomavírus humano em homens: pensando além”, da dra. Adriana Campaner, ginecologista e obstetra do Alta Diagnósticos. O estudo também mostra que, a cada ano, mais de 340 mil mulheres morrem de câncer de colo de útero, doença fortemente associada ao vírus. Nos homens, a infecção também representa risco, estando ligada a verrugas anogenitais, doenças penianas, anais e cânceres de orofaringe — com cerca de 69.400 casos de tumores atribuídos ao HPV em 2018.
No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou para 2024 mais de 23 mil casos de câncer relacionados ao HPV, sendo 17 mil de colo de útero, 2 mil de orofaringe, 1,2 mil de ânus e canal anal, 700 de vulva, 300 de vagina e mil de pênis.
Apesar da gravidade, muitas pessoas ainda encontram barreiras para conversar sobre a vacinação. “O HPV ainda carrega estigmas, levando alguns cônjuges ou companheiros a associarem a vacina a comportamentos promíscuos ou ao início precoce da vida sexual. Esse tabu dificulta o acesso a uma das ferramentas mais poderosas da medicina preventiva”, explica a dra. Maria Isabel de Moraes-Pinto, infectologista coordenadora de vacinas na Dasa.
Vacinação contra HPV pode evitar mortes e prevenir câncer
A proteção pela vacinação vai muito além do câncer de colo do útero: o HPV também está relacionado a tumores de garganta, ânus, pênis e próstata. Para mulheres que se relacionam com mulheres, a imunização também é fundamental, pois, além de reduzir riscos de câncer ginecológico, diminui a incidência da transmissão entre as parceiras.
4 formas de falar sobre a importância da vacina contra o HPV com seu par
Converse sobre saúde, não sobre comportamento
Deixe claro que a vacina não tem relação com infidelidade ou incentivo a relações sem proteção. Ela é uma forma de prevenir um vírus que circula silenciosamente e pode causar câncer anos após a infecção.
Mostre que o HPV não escolhe gênero
O vírus pode acometer homens e mulheres. Para eles, está associado a câncer de pênis, ânus e orofaringe. Para elas, aos tumores de colo do útero, vulva, vagina e garganta. A imunização protege a todos.
Use exemplos práticos e dados
Mostrar números ajuda a quebrar preconceitos e reforça a importância da prevenção. Estima-se que entre 9 e 10 milhões de brasileiros estejam infectados pelo HPV, com cerca de 700 mil novos casos por ano. Entre jovens de 16 a 25 anos, a prevalência chega a 54,6%, sendo que 38,4% correspondem a tipos de alto risco.
Fale de cuidado mútuo
A imunização é um gesto de responsabilidade e de amor. Vacinar-se significa cuidar de si e do outro, já que reduz a transmissão do vírus e garante mais segurança na relação.
Propriedades da vacina contra o HPV
A vacina contra o HPV é uma das ferramentas mais eficazes da medicina preventiva. Produzida a partir de partículas semelhantes ao vírus, mas sem material genético, ela não causa infecção. sua atuação estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos capazes de bloquear o vírus em caso de exposição futura.
Existem diferentes versões do imunizante, que protegem contra os tipos de maior risco — responsáveis por grande parte dos casos de câncer de colo de útero, garganta, ânus e pênis. Além disso, a imunização previne o aparecimento de verrugas genitais.
Trata-se de uma proteção segura, eficaz e de longo prazo, indicada tanto para meninas e meninos a partir dos 9 anos de idade, quanto para adultos que ainda não foram vacinados.
Da redação
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