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A saúde cerebral é mais do que a ausência de doenças: é o funcionamento otimizado do cérebro em aspectos cognitivos, sensoriais, socioemocionais, comportamentais e motores, permitindo que a pessoa realize seu potencial ao longo da vida. Segundo a OMS, essa capacidade de adaptação e neuroplasticidade é essencial para pensamento, movimento e interação com o mundo.

Diante do aumento global de transtornos neurológicos — que são a segunda principal causa de morte e afetam uma em cada três pessoas ao longo da vida —, adotar estratégias eficazes é urgente. O neurologista Dr. Mateus Boaventura destaca que a otimização cerebral não exige medidas complexas, mas sim hábitos cotidianos consistentes, baseados em evidências científicas.

1. Atividade física

Exercícios regulares estimulam a neuroplasticidade, liberam fatores neurotróficos e reduzem inflamações que prejudicam o cérebro. Caminhada, dança, natação ou ciclismo por pelo menos 150 minutos semanais melhoram memória, atenção e reduzem risco de demência.

2. Estimulação cognitiva

Desafios mentais fortalecem redes neurais e criam reserva cognitiva, protegendo contra declínios. Aprender idiomas, resolver quebra-cabeças, praticar arte ou ter atividades cognitivamente estimulantes diminui risco de doenças neurodegenerativas.

3. Alimentação inteligente

Dietas ricas em frutas, vegetais, grãos integrais, oleaginosas e peixes gordurosos reduzem risco de Alzheimer e demências. Evitar ultraprocessados previne inflamação e estresse oxidativo, protegendo as conexões neuronais.

Isolamento afeta saúde mental e física de idosos

4. Conexões sociais

Relacionamentos e interação social fortalecem estruturas cerebrais ligadas à memória. A solidão aumenta risco de declínio cognitivo e demência; manter laços significativos é essencial para a vitalidade cerebral.

5. Sono de qualidade

O sono consolida memórias, remove toxinas e reorganiza o cérebro. Dormir de 7 a 9 horas por noite protege contra demência e otimiza desempenho cognitivo.

6. Controle de fatores de risco vascular e emocional

Hipertensão, diabetes, colesterol alto, obesidade, tabagismo e álcool prejudicam o cérebro. Saúde mental, estresse, depressão e perda auditiva também impactam a função cerebral. Monitorar corpo e mente com check-ups, terapias e técnicas de relaxamento é fundamental.

Estudos mostram que seguir de quatro a seis desses hábitos reduz em até 90% o risco de demência. Investir na saúde cerebral traz benefícios sociais, econômicos e individuais, desde redução de custos com saúde até maior produtividade e bem-estar. Como lembra o Dr. Boaventura: "Cuidar do cérebro é cuidar de quem seremos no futuro".

Da redação

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