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Alimentos ultraprocessados são alimentos produzidos por empresas de grande porte, envolvendo diversas etapas e técnicas de processamento e, inclusive, ingredientes de uso industrial. E muitas dessas substâncias são aditivos alimentares com a finalidade de aumentar o prazo de validade dos produtos, ou até mesmo de realçar o sabor, cor, textura tornando os alimentos mais atraentes.

Também são utilizadas tecnologias exclusivamente industriais como a extrusão de farinha de milho para fazer os salgadinhos de pacote, o pré-processamento culinário com fritura ou cozimento, embalagem sofisticada do produto em vários tamanhos para durar mais nas prateleiras ou para consumo imediato, dispensando o uso de utensílios domésticos.

Exemplos de alimentos ultraprocessados

Salgadinhos de pacote, bolachas recheadas, bebidas adoçadas com açúcar ou adoçantes artificiais, pó para refrescos, embutidos e outros produtos derivados de carne e gordura animal, produtos congelados prontos para aquecer,cereais matinais, barras de cereais, produtos desidratados (mistura para bolo, sopas em pó, macarrão instantâneo e tempero pronto), bebidas energéticas entre outros.

Como identificar os alimentos ultraprocessados?

Estes alimentos possuem número elevado de ingredientes (frequentemente cinco ou mais), com nomes pouco familiares e não usados em preparações culinárias (gordura vegetal hidrogenada, xarope de frutose, açúcar, amido, soro de leite, emulsificantes, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e outros).

Por que evitar consumir em excesso os alimentos ultraprocessados?

A composição nutricional desbalanceada dos produtos, devido à natureza dos ingredientes, favorece doenças do coração, diabetes, obesidade, vários tipos de câncer, além de contribuir para o aumento de deficiências nutricionais.

O controle do apetite e a sinalização da saciedade ocorrem tardiamente, ou não ocorrem, após a ingestão destes produtos. A presença de açúcar, aditivos e gorduras confere o “hipersabor”, tornando-os atraentes. Este tipo de alimento favorece o “comer sem atenção”, pois pode ser consumido em qualquer lugar, sem talheres e sem a mesa, dispensando o comer em companhia.

As embalagens dos produtos descartados no ambiente ameaçam a sustentabilidade do planeta, pois requerem tecnologias dispendiosas para gestão de resíduos.

Não é que estes alimentos sejam considerados vilões; nós podemos, de vez em quando consumi-los, mas a atenção e a frequência ao consumo são importantes para manter a nossa saúde e a do meio ambiente.

Afinal, o meio ambiente é a nossa casa”

Fonte:

https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/biblioteca/guia-alimentar-para-a-populacao-brasileira/