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Por onde anda o chef Guido Finizia?
Depois de vários desafios e sucessos saiba onde e como está o italianíssimo chef

Adaptando-se às mudanças do mercado e às dificuldades da pandemia, ele e sua esposa Valéria se reinventaram produzindo pratos de alta qualidade, mantendo o toque pessoal e um atendimento diferenciado. (Fotos: Arquivo pessoal)

Publicado em 11/10/2024

Após enfrentar desafios em sua trajetória, o renomado chef italiano Guido Finizia, proprietário do icônico Ristorante Masolino, retorna à cena gastronômica de Florianópolis com uma proposta inovadora: um laboratório de super congelados. Desde sua estreia nos anos 90, Guido conquistou a alta sociedade local com receitas tradicionais romanas, sempre priorizando a qualidade dos ingredientes. Veja como foi esta evolução do Chef.

Jornal Imagem da Ilha: No final dos anos 90, você estreou em Floripa já com destaque. Abriu o italianíssimo Ristorante Masolino, no pátio do icônico Café Cancún, e logo teve entre os clientes pessoas da alta sociedade local. A que você atribui este sucesso?

Guido Finizia: O Café Cancún, naquela época, era um lugar de grande sucesso na Ilha, então isso já deu a oportunidade de nós abrirmos com muita visibilidade. E segundo, tínhamos uma experiência que vinha dos restaurantes que tivemos na Itália. Eram dois restaurantes, o Chalé e o Masolino. O Chalé ficava na praia e o Masolino na cidade, então isso ajudou bastante nossa história de sucesso em Florianópolis.

Entre os mais pedidos, a lasanha  à bolonhesa é um dos best sellers!

 

JII: O Masolino sempre foi uma referência em alta gastronomia italiana na cidade. Onde se originaram as receitas dos pratos, e como seguiram ao longo do tempo?

GF: As receitas se originam nos nossos restaurantes e quando você tem um restaurante no mesmo lugar, surge a necessidade de inovar as propostas para não cansar as pessoas. Mas a gente não teve essa necessidade vindo para cá, pois as nossas receitas eram mais tradicionais, aquelas que vem mesmo da tradição romana. O que trouxemos na época foram os pratos típicos da gastronomia romana.

 

JII: Depois do sucesso do Masolino, você mudou de local, qual foi o próximo espaço e como este evoluiu?

GF: Nós fomos mandados embora do Café Cancún. Como tivemos muita visibilidade lá no Pátio Cancún, eles não tinham interesse em ter uma grande concorrência interna… A gente acabava disputando no mesmo espaço com a cozinha do Café, com o restaurante do Café, então eles nos mandaram embora. Aí nós abrimos ali perto da ponte Hercílio Luz, que foi um lugar que também teve um discreto sucesso, único problema que havia na época era o estacionamento, tivemos muito roubo lá. Depois de 2 ou 3 anos eu voltei para Itália.

 

JII. Até alguns anos atrás, pré pandemia, você tinha assumido um café no térreo das torres do Trompowsky Class, o Café Luxor. Como foi o começo? Já no início começaram com o almoço executivo? Até a pandemia havia fila para o almoço e as tortas e brigadeiros da esposa Valéria, faziam sucesso. Como a pandemia afetou o café?

GF: Na realidade, quando abrimos na Trompowsky, que aquela galeria estava completamente deserta, a gente só tinha uma cafeteria. Levou mais ou menos um ano e meio para abrirmos o almoço, a cozinha de suporte era bem pequenininha, não tinha coifa, não podíamos fritar nada. Então assim, não foi fácil. Depois com o passar do tempo conseguimos fazer sucesso. Chegamos a produzir uns 60 a 70 almoços por dia, todos empratados, não tinha nem buffet, nem prato para duas pessoas. Era tudo empratado e individual, então foi bem legal.

Sobre a pandemia, claro, no começo foi um grande susto, porque próximo da época da pandemia a gente estava abrindo um outro ponto em um lugar, lá no Centro. Então isso nos atrapalhou muito, foi o pior momento para nós. A pandemia nos afetou bastante, estávamos no meio do processo de abrir um novo negócio, mas desistimos. Mesmo assim perdemos muito dinheiro, porque já tínhamos investido em toda a infraestrutura. 

 

JII. Recentemente (pós pandemia) você e Valéria decidiram mais uma vez mudar a roda. Agora com super congelados. Como foi a aceitação destes  produtos? Clientes continuam fieis? Ficou menos ou mais trabalho que antes?

GF: Com a pandemia, fomos obrigados a sair lá da Trompowsky, e optamos por abrir um laboratório. No começo eu queria produzir umas bolachas à base de amêndoas, mas as pessoas começaram a pedir ultracongelados. Na realidade, a maioria da nossa clientela sempre nos seguiu… Seguiu do Café Cancún até quando mudamos o Masolino lá para próximo da ponte, depois quando fomos para a cafeteria na Trompowsky e hoje em dia, no laboratório. E a nossa proposta é sempre a mesma, que faz parte da escolha dos produtos, a grande diferença entre a gastronomia italiana e a gastronomia francesa, por exemplo, é que a culinária francesa é feita de técnicas de processamento de alimentos, os pratos são muito elaborados, com vários ajustes internos aos pratos. A gastronomia italiana é diferente e se baseia nos produtos, a qualidade de gordura que você usa, azeite extra virgem de oliva, uma manteiga de qualidade muito boa, os queijos, parmegiana, os granapadana de boa qualidade, o mínimo uso de química dentro da cozinha. Os caldos que a gente usa, nós que fizemos, não compramos caldos pré-prontos, essas coisas não entram na nossa cozinha, margarina não entra na nossa cozinha. Então, nossos pratos são feitos partindo de produtos da melhor qualidade que a gente acha, com as limitações de trabalhar fora do país de origem, né? Mas hoje em dia, aqui pode-se encontrar quase tudo que precisamos, bons produtos com preços bons.

Entre as delícias que o Chef Guido produz, diariamente, estão os deliciosos molhos veramente italianos!

 

JII. Como funciona a compra dos super congelados, e a esposa Valéria ainda continua com as tortas e brigadeiros?

GF: A parte de confeitaria fica mais na mão da Valéria. Mas ainda assim, temos vários jeitos de trabalhar dentro do laboratório. Temos produtos para pronta entrega que são os utracongelados, e temos também a parte por encomenda. E sob encomenda não temos limite. Tudo o que a gente sabe fazer, a gente faz. E também fazemos eventos e inclusive jantares particulares. 

 

JII. Como fazem a divulgação destes novos produtos?

GF: Por termos uma estrutura bem pequena, trabalhamos no boca a boca, em canais sociais que a gente mesmo cuida e no WhatsApp, hoje em dia é com isso que a gente faz propaganda. A tele entrega é feita ainda pela Valéria, até onde a gente consegue, e quando não consegue mais, aí contrata o Uber. Preferimos fazer uma entrega mais personalizada, porque às vezes tem um troca-troca no relacionamento com cliente. Nosso atendimento é mais familiar, mais individualizado. Conhecemos todos os nossos clientes pessoalmente.

Para conhecer mais os produtos do Chef Guido Finizia acesse AQUI

Pedidos pelo whats app: (48) 99194 4222

Da redação

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