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Secretário de Segurança Pública fala ao Imagem da Ilha
Com tranquilidade e experiência, Coronel Araújo Gomes fala sobre sua atuação na Segurança Pública de Florianópolis

Coronel Araújo Gomes é manezinho, e oficial da reserva da Polícia Militar de Santa Catarina. Clique para ampliar (Foto: Divulgação)

Publicado em 10/11/2021

Figura bastante conhecida em Florianópolis, o Coronel Araújo Gomes é manezinho, oficial da reserva da Polícia Militar de Santa Catarina, onde atuou por 35 anos. Durante o período ativo, teve forte atuação operacional, sendo que ocupou postos importantes como Comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar, da 11ª Região da da Grande Florianópolis, Sub Comandante Geral, Comandante Geral e Secretario de Segurança Pública Estadual. Também foi presidente do Colegiado Superior de Seguranca Pública e Perícia Oficial de Santa Catarina e Conselho Nacional de Comandantes Gerais do Brasil. Atualmante, ele está à frente da Secretaria de Segurança Pública da Capital. 

Imagem da Ilha: O senhor foi secretário estadual de Segurança Pública no primeiro ano do atual governo. Foi cogitado para um posto em Brasília e também para candidato a prefeito da Capital. Recentemente, assumiu a pasta da Segurança Municipal. Como tem sido a vida pública? Gratificante?

Coronel Araújo Gomes: Todas as funções foram - e são - extraordinárias, seja por  exercer uma profissão que adoro, pelos desafios que apresentam ou pela possibilidade de fazer a diferença na vida das pessoas. Voltar a atuar somente em Florianópolis, mas com outro viés e responsabilidades, está sendo extraordinário, pois, além de voltar à segurança pública, que adorom, encontrei uma equipe e colegas extraordinários.

Na segurança estadual se tem uma visão macro da gestão. Como esse seu know how lhe ajuda na gestão municipal?

Ajuda muito, pois fecha um ciclo. Tive comandos bem locais em Florianópolis, como, por exemplo, a companhia do sul da Ilha e o próprio 4º Batalhão, onde tive oportunidade de aprender a lidar com os desafios e com as realizações mais próximo da comunidade e da tropa. Vivo experiências extraordinárias em nível estadual e até nacional, onde pude desenvolver uma visão mais ampla e sistêmica. Mas, a verdade é que em todos os locais e níveis, fui um policial, nunca me afastando das trincheiras onde as coisas acontecem.

Quais são os três principais problemas da Segurança Pública no município e como devem ou irão ser abordados?

Logo que retornei ao nível municipal, compartilhei com o prefeito Gean Loureiro três desafios na Segurança Pública da cidade: proteger mais e melhor os mais vulneráveis, incluindo as mulheres e as crianças vítimas de violência doméstica, como prioridade; tornar os espaços urbanos seguros, atraindo as pessoas de novo para viverem a cidade de forma comunitária em todos os lugares e horários, mas, especialmente, nas mais de centena de equipamentos que a Prefeitura acabava de construir ou revitalizar: parques, praças, academias, piscinas e quadras entre outras; e, por fim, tornar mais legal e legítima a aplicação da lei pelo município, melhorando os serviços e a eficiência dos órgãos  de fiscalização e forças policiais parceiras.

Recentemente o senhor desencadeou a Operação Tapete Persa. Como avalia o resultado desta ação?

A operação Tapete Persa tem por objetivo combater o comércio de rua ilegal, ou seja, aquele que vende coisas roubadas, contrabandeadas, falsificadas, furtadas ou fruto de descaminho. Ela ataca diretamente a presença dos vendedores na rua, mas conversa com as ações educativas para a população não comprar estes objetos, e as ações de inteligência para descobrir os fornecedores e financiadores. O resultado está sendo bom e, por isso, ela deve ser ampliada no verão para os balneários onde estas ilegalidades aumentam durante a temporada.

Também recentemente, o senhor inaugurou uma base da Guarda Municipal no Norte da Ilha. Como está este contingente, há planos para outra base?

A base Norte era, ao mesmo tempo, uma necessidade da comunidade e um compromisso do prefeito Gean. Sua implantação foi fácil, pois o prefeito já havia estrategicamente incorporado novos guardas para atender a essa demanda. São 21 guardas municipais que trabalham e atendem aos bairros e balneários do Norte, reduzindo o tempo de resposta e gerando proximidade com a comunidade. Agora, o desafio é levar a Guarda para outros bairros.

Para o verão da virada, qual é a expectativa: podemos ter a atuação da Guarda Municipal?

Iremos fortalecer as ações que implantamos e testamos nesse período de preparação para a temporada. As equipes 24 horas, a base itinerante e as blitzes de lei seca atenderão o Norte da Ilha, além das operações "A Praça é Nossa", com presença em praças, parques e áreas de esporte da prefeitura. Também vamos intensificar as patrulhas de guardas integrados com os fiscais da SUSP. Daremos grande atenção à fiscalização dos ambulantes ilegais, principalmente na faixa de areia.

Recentemente, um grupo multi-agência desencadeou a segunda fase da Operação Fio Desencapado contra o roubo de fios de cobre da iluminação pública. Como o senhor vê o resultado da operação que busca atingir os receptadores desses furtos?

Na Operação Fio Desencapado, mais de 120 agentes de 10 diferentes órgãos e agências do municipio, estado e até união, fiscalizam ferros-velhos e locais de reciclagem. O principal objetivo é reduzir o furto de fios, placas e peças de metal, que traz grandes prejuízos e transtornos para a cidade. Tivemos excelentes resultados, e vamos manter.

Da redação

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