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Resgate e preservação no Parque do Rio Vermelho
om ações de resgates coordenadas pelo IMA, o parque recebe centenas de animais todos os meses, oferecendo tratamento e reabilitação

Desde sua criação, o Parque Estadual do Rio Vermelho tem sido um centro de recuperação e preservação de animais silvestres, devolvendo mais de 30 mil para a natureza. (Foto: Roberto Zacarias / SECOM)

Publicado em 03/02/2025

Localizado no norte de Florianópolis, entre a Praia do Moçambique e a Lagoa da Conceição, o Parque Estadual do Rio Vermelho é um verdadeiro santuário da natureza. Criado oficialmente pelo decreto estadual nº 308/2007, o parque tem como objetivo a preservação da floresta, da vegetação de restinga e da fauna da Mata Atlântica.

Gerido pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA), o parque é uma unidade de conservação de proteção integral. Seu papel é fundamental no equilíbrio hídrico da região, além de promover ações de recuperação ecológica e realizar pesquisas científicas. O parque também recebe visitação pública, com foco na educação ambiental.

Sheila Meirelles, presidente do IMA, destaca que o Parque Estadual do Rio Vermelho é uma das 10 Unidades de Conservação administradas pelo Instituto, e enfatiza o trabalho voltado à preservação dos ecossistemas e ao engajamento da comunidade local em projetos de educação ambiental e ciência cidadã. "Nosso trabalho visa incentivar a preservação e a construção de uma sociedade mais consciente e sustentável", afirma Sheila.

Desde sua criação, o parque tem se destacado também pelo trabalho de resgate, tratamento e reabilitação de animais silvestres. Segundo o coordenador do Parque, Marcelo Duarte, mais de 30 mil animais já foram devolvidos à natureza. A quantidade de resgates varia ao longo do ano, com a média entre 500 e 2.000 animais por mês, dependendo da estação.

No parque, os visitantes podem aprender sobre o trabalho de reabilitação e o processo de resgates realizados pela Polícia Militar Ambiental, pelo Corpo de Bombeiros e pelo IMA. Alguns animais que não podem ser devolvidos à natureza, por não estarem mais aptos a sobreviver de forma autônoma, permanecem em recintos onde recebem cuidados e educam o público sobre a importância da preservação. Entre essas espécies, estão macacos, araras, cobras, corujas, entre outros.

Com ações de resgates coordenadas pelo IMA, o parque recebe centenas de animais todos os meses, oferecendo tratamento e reabilitação.

 

Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS)

O CETAS, que funciona em parceria entre o IMA e o Instituto Catarinense de Conservação de Fauna e Flora, é o local onde os animais resgatados são avaliados e tratados. De acordo com a médica veterinária Debora Rodrigues de Abreu, os animais passam por uma triagem onde são encaminhados para diferentes tipos de cuidados, como berçário para filhotes ou ambulatório para aqueles que precisam de tratamento veterinário. Após a reabilitação, os animais que estão prontos para a soltura retornam à natureza, enquanto aqueles que não podem mais viver livremente são encaminhados para espaços de cuidados contínuos. No momento, o CETAS cuida de diversos animais, incluindo um filhote de tamanduá-mirim, um ouriço e uma tartaruga Tigre D'água.

Centro de Pesquisa, Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos (CePRAM/R3 Animal)

O CePRAM/R3 Animal é outro importante centro dentro do parque, especializado no resgate e reabilitação de animais marinhos. Recentemente, uma toninha bebê chamada Francisca foi resgatada na Praia do Moçambique. Ela é uma das espécies de golfinhos mais ameaçadas de extinção no Brasil. A toninha foi encontrada bastante debilitada, mas, com cuidados intensivos, tem se recuperado bem. Cristiane Kolesnikovas, presidente da R3 Associação Animal, explicou que a toninha foi alimentada com uma fórmula especial de leite e, aos poucos, está sendo acostumada a uma alimentação sólida composta por peixe, lula e camarão, alimentos naturais para a espécie.

O CePRAM também realiza o monitoramento diário das praias da Ilha de Santa Catarina, com equipes que resgatam animais vivos ou mortos. O local possui infraestrutura para exames, tratamento e até necrópsias. Atualmente, o centro cuida de pinguins e aves marinhas como albatrozes e gaivotas. O Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), ligado ao licenciamento ambiental das atividades da Petrobras, é o principal responsável pelo financiamento das operações do CePRAM, por meio do Ibama.

O trabalho desenvolvido no Parque Estadual do Rio Vermelho é um exemplo de como a preservação ambiental e o resgate da fauna silvestre podem ser unidos para promover a recuperação dos ecossistemas e sensibilizar a sociedade sobre a importância da proteção da natureza.

 

 

Da redação

Fonte: Secom

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