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Nove de cada 10 empresas brasileiras têm origem familiar, conforme o IBGE. Juntos, os empreendimentos familiares respondem por 65% do PIB nacional. Mas nem tudo são flores quando se trata de convivência entre pais e filhos no ambiente profissional dessas companhias. Conforme o Sebrae, os conflitos entre diferentes gerações podem ter várias origens – um dos irmãos se sente preterido nas decisões; filhos que não trabalham na empresa querem opinar nos negócios e outros membros da família discordam; as novas gerações desejam alterar a forma como a empresa é administrada, mas os mais velhos acreditam que “em time que está ganhando não se mexe”, e assim por diante. 

As soluções para os eventuais pontos de discórdia entre pais e filhos, aponta o Sebrae, podem ser: primeiro) a busca de um ponto em comum – toda empresa tem uma razão de existir, que na maioria das vezes é gerar lucro e, se todos estiverem focados no mesmo objetivo, as questões serão analisadas visando à obtenção dessas metas; segundo) a melhora na comunicação, focando nos aspectos racionais envolvidos (e nunca nos passionais).  

Conheça a seguir alguns casos bem-sucedidos de gestão familiar compartilhada entre pais e filhos: 

Ecoville 

Formado em Engenharia, José Edmar Castelo começou seu negócio próprio ao lado dos filhos, Leonardo e Leandro, fabricando e vendendo produtos de limpeza biodegradáveis com uma Kombi, de porta em porta. Hoje, a Ecoville – indústria e rede varejista de produtos de limpeza com sede em Joinville (SC) – tem duas fábricas, 12 lojas próprias e 300 franqueadas. 

SMZTO 

Bruno e Beatriz Semenzato, filhos do fundador da SMZTO Holding de Franquias, José Carlos Semenzato, trabalham com o pai na gestão da empresa. Enquanto Bruno é o CEO da empresa, Beatriz responde pela área de marketing. Sócio de todas as suas marcas, incluindo Espaçolaser, OdontoCompany e Instituto Embelleze, o grupo conta atualmente com mais de 1.800 unidades e planeja faturar R$ 3,5 bilhões neste ano.  

Casa do Construtor 

O empresário Expedito Arena, sócio fundador da Casa do Construtor, conta na empresa com o apoio dos filhos Bruno e Mariana desde muito jovens. Hoje, enquanto Mariana cuida da gestão das lojas próprias, Bruno é diretor de expansão. A rede de franquias especializada em locação de equipamentos deve fechar o ano com cerca de 330 unidades em operação em todo o país. 

Da redação