Paralisação dos ônibus chega ao fim e serviço volta de forma gradual
Falta de aviso e comunicação do sindicato é alvo de críticas entre quem depende do sistema de transporte

A paralização de ônibus é encerrada e transporte começa a ser retomado na Grande Florianópolis. Segundo o consórcio fênix, todos os ônibus devem ser retirados da garagem e postos em circulação até 10h30 da manhã de hoje.
Saiba mais sobre a greve de quinta-feira (12)
O transporte coletivo na Grande Florianópolis operou de forma parcial nesta quinta-feira (12) devido à deflagração de uma greve de motoristas e cobradores. A paralisação, decidida em assembleia do Sintraturb (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Urbano da Região Metropolitana de Florianópolis) na noite anterior, provocou grande lotação nos pontos e transtornos para os usuários logo nas primeiras horas do dia.
Linhas suspensas e terminais fechados
As empresas Transol e Canasvieiras interromperam suas atividades, afetando especialmente os deslocamentos do Norte da Ilha até o Centro da capital. Com a suspensão dessas linhas, a plataforma A do Terminal Central (Ticen) permaneceu fechada. A expectativa é que a paralisação dure até às 9h da manhã. Enquanto isso, empresas como Biguaçu, Jotur, Estrela e Imperatriz mantiveram os ônibus em circulação.
A greve tem impacto em ao menos sete municípios da região: Florianópolis, São José, Biguaçu, Palhoça, Governador Celso Ramos, Santo Amaro da Imperatriz e São Pedro de Alcântara.
Contradição do sindicato gera revolta
Apesar de a categoria estar em estado de greve desde 30 de maio, o anúncio oficial da paralisação ocorreu apenas na noite de quarta-feira (11), após a recusa às propostas patronais. A falta de aviso prévio causou indignação entre os usuários, uma vez que o próprio sindicato havia declarado anteriormente que não haveria interrupção do serviço.
Muitos trabalhadores foram surpreendidos ao chegar aos terminais e não conseguir prosseguir viagem.
Alternativas ainda não estão disponíveis
Embora a Prefeitura de Florianópolis tenha autorizado previamente a circulação de vans e outros meios alternativos em caso de paralisação do transporte público, nenhum serviço substitutivo estava operando até o início da manhã. A administração informou que só implantará medidas alternativas “se houver necessidade”, considerando que a greve foi anunciada como temporária. Ainda não há definição sobre o valor da tarifa nesses transportes.
Motivações e impasse nas negociações
A paralisação foi resultado do impasse nas negociações entre o sindicato dos trabalhadores, o Consórcio Fênix e os representantes patronais. As principais reivindicações da categoria incluem:
-Reforço no número de cobradores nas linhas;
-Reajuste salarial;
-Melhoria das condições de trabalho;
-Ampliação do plano de saúde.
-O Setuf (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Florianópolis) alegou ter apresentado propostas com reajustes acima da inflação, incluindo:
-Aumento salarial de 6%;
-Incremento de 10% no vale-alimentação (chegando a R$ 1.258);
-Acréscimo de 8% na gratificação para quem exerce dupla função.
Sem consenso, os trabalhadores decidiram pela greve, afetando milhares de pessoas em uma manhã caótica na região metropolitana.
Da redação
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