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Palavra de cinéfilo: opinião de Felipe Didoné sobre os filmes apresentados na Berlinale
Empresário é diretor do Paradigma Cine Arte e participa da 75a. edição da Berlinale.

Felipe Didoné é cinéfilo e empresário, diretor do Paradigma Cine Arte, e está participando da 75a. edição da Berlinale. (Foto: Divulgação)

Publicado em 22/02/2025

Estar em Berlin é um privilégio para qualquer cinéfilo, mas também uma verdadeira maratona! São cerca de 300 filmes exibidos em diversas mostras paralelas, além dos filmes que estão presentes no mercado europeu de cinema.

Consegui assistir esse ano a dez dos dezenove filmes que estão na Mostra Competitiva e que concorrem ao Urso de Ouro.

Entre os filmes que tive oportunidade de ver, destaco três que valem comentar.

O primeiro é, sem dúvida, o único brasileiro que disputa o cobiçado Urso: O Último Azul. Trata-se  de uma espécie de ficção científica, onde em um mundo distópico, os idosos são retirados do convívio social.
Minha opinião é que o filme tem boas chances de levar algum prêmio no Festival. Se não for o Urso de Ouro, eu apostaria em um Urso de Prata para a atuação de Denise Weinberg, que foi primorosa.

O segundo que destaco é o norueguês Drømer. Uma produção maravilhosamente executada. Com atuações magníficas, um roteiro muito bem feito e uma linda fotografia. Destaque para atriz principal do filme, Ella Overbye, que faz o papel de uma jovem estudante de 17 anos que se apaixona pela sua professora.

Por último eu destaco um filme que talvez não seja premiado, mas que me agradou muito. É o drama francês Ari. Delicado e sensível, o filme conta a história de um jovem professor melancólico e frágil emocionalmente. A atuação de Andranic Manet como o professor é magistral.

Enfim, fico na torcida para que o Brasil traga algum prêmio para casa e que tenhamos a maioria dos títulos exibidos aqui nos cinemas brasileiros em breve!

Texto por Felipe Didoné