Nara Guichon ensina poesia em papel com oficinas gratuitas
Técnica de impressão botânica utiliza folhas, flores e raízes para criar estampas únicas

A artista têxtil e ambientalista Nara Guichon convida o público de Florianópolis a participar de uma série de quatro oficinas gratuitas de ecoprint em papel, que propõem um mergulho sensível na criação artística com elementos da natureza. A primeira atividade foi em julho e as próximas acontecem em setembro, outubro e novembro, em diferentes regiões da cidade, com acesso gratuito e intérprete de Libras em todas as edições, garantindo acessibilidade para pessoas surdas. No dia 6 de setembro, próximo sábado, a oficina será no Centro Cultural Veras, a partir das 15h. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail naguichon@gmail.com.
Ecoprint como expressão artística e ética
Com duração de três horas cada, as oficinas ensinam a técnica do ecoprint, um processo de impressão botânica que utiliza folhas, flores e raízes para criar estampas únicas e naturais. Mais do que uma prática estética, o ecoprint também promove uma atitude ética diante da natureza: seus processos são livres de agentes sintéticos ou poluentes, estimulando o respeito ambiental e o uso consciente dos recursos naturais.
A trajetória de Nara Guichon
A proposta nasce da trajetória de uma artista profundamente conectada com a ecologia e os saberes manuais. Nara Guichon (Santa Maria, RS, 1955) é artista têxtil, designer e ambientalista. Vive e trabalha em Florianópolis desde 1983, onde construiu uma carreira sólida ancorada em três eixos principais: [1] as práticas manuais com fios, como tricô, crochê, bordado e tear, valorizando técnicas artesanais tradicionais; [2] o reaproveitamento de materiais e a sustentabilidade, promovendo o consumo ético; e [3] o respeito ao meio ambiente, participando de ações de recuperação da Mata Atlântica e desenvolvendo obras que evocam a força simbólica e material desse bioma.
Entre 1975 e 2015, Nara desenvolveu um vigoroso trabalho nas áreas de design e moda sustentáveis, que lhe rendeu prêmios como o 1º Lugar – Têxtil no 30º Prêmio Design Museu da Casa Brasileira (2016), pela criação do tapete Oceano, confeccionado com redes de pesca reutilizadas; Menções Honrosas na Bienal Iberoamericana de Design, em Madrid, pelos projetos Águas Limpas (2018) e Marea (2020); o Prêmio Imbuia da Apremavi (2007); e o Prêmio de Reconhecimento por Trajetória Cultural – Lei Aldir Blanc, da FCC (2020). Desde 2017, vem se dedicando exclusivamente à produção artística, em diálogo direto com a natureza, o silêncio e o tempo.
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Da redação
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