Índice mostra aumento dos preços em Florianópolis
O ano de 2021 começou com aumento dos preços na capital catarinense. O índice de inflação em janeiro foi de 0,70%, mas desta vez não houve alta generalizada em quase todos os grupos, como nos últimos três meses. Aumentos como o do almoço fora de casa (4,51%) e combustíveis para automóveis (1,70%), foram contrabalançados pela redução na conta de luz (-8,62%).
Os números são do Índice de Custo de Vida (ICV), calculado mensalmente pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), por meio do Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (Esag), com apoio da Fundação Esag (Fesag). No acumulado dos últimos 12 meses, o índice permanece em 5,02%.
Alimentação
No grupo Alimentação e Bebidas, a alta foi de 0,74%. Pelo segundo mês consecutivo, foi a comida consumida em restaurantes e lanchonetes que puxou para cima os preços dos alimentos, com aumento de 2,86% e destaque para os preços de almoço e jantar (4,51%). Os alimentos comprados em supermercados e feiras também subiram, mas menos (0,51%).
No caso dos alimentos consumidos em casa, houve alta nos subgrupos de hortaliças e verduras (7,37%), farinhas, féculas e massas (1,57%), bebidas e infusões (1,16%) e enlatados e conservas (0,65%). Nos demais subgrupos, os preços caíram em média, inclusive carnes (-0,80%), frutas (-2,61%) e aves e ovos (-4,97%).
Energia e combustíveis
Os produtos e serviços ligados aos transportes (segundo maior gasto no orçamento das famílias, depois da alimentação) tiveram alta de 1,07%, puxados principalmente pelas tarifas de transporte público (2,09%) e combustíveis para automóveis (1,70%).
Por outro lado, houve queda nos preços ligados a habitação (terceira maior despesa no orçamento familiar). A redução geral nesse grupo (-1,37%) se deve principalmente à queda da tarifa de energia elétrica (-8,62%) em razão da mudança na bandeira tarifária, que esteve mais alta nos últimos meses por causa do baixo nível dos reservatórios das hidrelétricas.
Também subiram os preços relacionados a educação (6,54%), despesas pessoais (1,60%) e artigos de residência (0,85%). Além dos gastos com habitação, ficaram mais baratos em média os itens de vestuário (-0,38%) e os serviços de comunicação (-0,96%).
Sobre o Índice de Custo de Vida
O ICV/Udesc Esag registra a variação dos preços de 297 produtos e serviços consumidos por famílias de Florianópolis com renda entre 1 e 40 salários-mínimos. Para o último boletim mensal, os dados foram coletados entre os dias 1º e 31 de janeiro.
A metodologia é a mesma usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o cálculo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência oficial para a meta de inflação nacional. Para o cálculo do ICV, a Udesc Esag conta com o apoio da Fundação Esag (Fesag) na atualização das ferramentas utilizadas.
Mais informações podem ser obtidas em udesc.br/esag/custodevida, onde é possível consultar os boletins mensais (desde 2010) e as séries históricas (desde junho de 1994) do ICV/Udesc Esag.
Da redação
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