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Espetáculo ao ar livre une clássicos nacionais e tecnologia
Apresentação gratuita contará com projeções mapeadas no prédio do Iphan

Largo da Alfândega será palco de um concerto especial com projeções mapeadas. (Foto: Tóia)

Publicado em 28/03/2025

Neste sábado (29) , o histórico Largo da Alfândega, no Centro de Florianópolis, recebe um espetáculo da Orquestra Brasileira que enaltece as raízes da nossa música. Com regência de Luiz Gustavo Zago, o concerto Origens - A Trilha da Nossa Música será acompanhado por uma projeção mapeada no prédio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), transformando a arquitetura tombada em uma tela viva da diversidade musical e cultural do país. Dia 29 de março, às 19h. Gratuito. Todo o espetáculo será acessível, com tradução simultânea em LIBRAS e audiodescrição.  

A Orquestra Brasileira é um projeto do pianista, compositor e maestro Luiz Gustavo Zago. Criada em 2020, reúne virtuoses da cena instrumental Santa Catarina e coloca instrumentos da música popular brasileira e toda sua beleza junto à potência e força da música clássica. No concerto Origens - A Trilha da Nossa Música, a Orquestra percorre os marcos fundamentais da identidade sonora nacional, com obras de Chiquinha Gonzaga, Carlos Gomes, Heitor Villa-Lobos, Tom Jobim e Hermeto Pascoal, entre outros. A fusão de ritmos e influências europeias e africanas será evidenciada em arranjos que conectam o clássico ao popular, recriando o caminho da música brasileira ao longo dos séculos.

“O que eu acho que é mais interessante na nossa identidade musical é a melodia”, afirma o maestro. “A melodia brasileira tem um uma característica muito especial: ela tem uma certa nostalgia, uma certa melancolia, que é muito leve, que é muito gostosa — muito diferente, por exemplo, da música pop”, diz Luiz Gustavo Zago.

As cantoras Jandira Souza e Camélia Martins são convidadas especiais e fazem show de abertura. Elas também participam do final do espetáculo, interpretando canções populares para o público cantar junto. 

Influências europeias e africanas

No repertório, o público vai perceber as influências africanas em alguns arranjos, como para a música Coisa nº 4, do álbum Coisas, lançado em 1965 pelo compositor, maestro e multi-instrumentista brasileiro Moacir Santos (1926 - 2006). “Com isso a gente apresenta um pouco desse grande maestro brasileiro, que trouxe a negritude em grandes arranjos e na música dos filmes, por exemplo. Trata-se de uma referência muito interessante pra gente situar esse lugar da música africana”, adianta o maestro.

Para mostrar a influência europeia, a Orquestra Brasileira começa apresentando um Noturno de Frédéric Chopin (1810-1849). “Começo com Chopin porque era o que estava rolando nas casas de família, nos saraus, nas salas de música de época. [Chopin] traz essa identidade melancólica da melodia brasileira”, diz Zago. No Concerto Origens, o Noturno de Chopin é apresentado em novo arranjo: uma valsa-choro.

O espetáculo Origens já teve uma edição em 2022, apresentada no Teatro Ademir Rosa, no Centro Integrado de Cultura (CIC). Para o concerto ao ar livre deste ano, o maestro traz para o repertório peças novas, incluindo algumas novas de Heitor Villa-Lobos.  

O concerto terá participação também de intérpretes. Para Origens, as cantoras Jandira Souza e Camélia Martins são convidadas especiais. “A Orquestra Brasileira é um grupo instrumental, mas conta com a participação de muitos artistas, de intérpretes e de grandes vozes que vão também somando aos nossos espetáculos”.

 

 

 

Da redação

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