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Desconfiança

   Brasileiros e latino-americanos confiam menos nas pessoas do que o restante do mundo, e isso está contribuindo para o baixo desenvolvimento econômico e social da região. A conclusão é de estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).  Apenas 12,6% dos latino-americanos confiam na maioria das pessoas. Último colocado entre os vizinhos, o Brasil tem desconfiança ainda maior somente 4,69% dos brasileiros acreditam uns nos outros. Triste.

Decisão difícil

   O prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, tenta disfarçar a tensão diante de uma escolha próxima. Com mais três anos de mandato e uma popularidade invejável, está sendo cobiçado pelo senador Jorginho Mello e pelo ex-governador Raimundo Colombo, candidatos a governador, para ser vice. Está mais inclinado, e atendendo pedido dos seus eleitores, a continuar como prefeito.

Chegou lá

    Manezinho dos mais autênticos, o ministro Jorge Mussi exercerá a presidência do Superior Tribunal de Justiça até o final deste mês, quando então reassume o presidente da Corte, Humberto Martins, que está de férias.

Embate

    As eleições presidenciais deste ano devem ser bem interessantes em SC. Bolsonaro obteve espetaculares votações no primeiro e segundo turno em 2018, a melhor proporção do país, e um dos seus adversários (maior que Lula), deve ser o ex-juiz e seu ex-ministro Sérgio Moro. Em entrevista à NSC, ele disse que Santa Catarina não pode ser chamada de “terra de Bolsonaro”. A conferir.

Pão e circo

  Boa parte dos brasileiros lá se identifica, lamentavelmente. A Globo humilhou concorrentes na estreia do inominável lixo "Big Brother Brasil", segunda-feira, agora sob comando do chato Tadeu Schmidt. Pontuou 27,3 na Grande São Paulo, contra 5,8 do SBT, 4,9 da Record e 3,6 da Band. Deve ter sido o líder também em SC, já que um catarinense está naquele circo.

Aposentadoria

   Ele evita o assunto publicamente, mas, em círculos próximos e íntimos, o senador Esperidião Amin (PP-SC) deixa transparecer que está a fim de encerrar sua longa carreira política assim que concluir seu atual mandato. Aos 74 anos, sua preocupação é com a reeleição da mulher, Ângela, para deputada federal, e do filho, João, para a Assembleia Legislativa.

Posição

    A propósito de algumas insinuações sobre o posicionamento deste espaço em relação a candidaturas para cargos eletivos neste ano: a única torcida que faz é para que sejam eleitos aqueles e aquelas, de qualquer partido, que têm a honestidade como sua principal qualidade. Não parece ser uma exigência tão difícil de atender, não?

Quem paga

      A Comissão de Infraestrutura do Senado vai analisar o projeto de lei 5325/2019, que limita o repasse ao consumidor com as chamadas perdas não técnicas de energia elétrica, como furtos e erros de medição. O absurdo atual é que as empresas cobram do consumidor por um erro delas ou por gestão ineficiente. O texto original proibia totalmente o repasse, mas foi alterado pelo relator Jorginho Mello (PL-SC), que criou um limite para a transferência destes custos.

Desestatização

   O governador Carlos Moises ainda não se manifestou quanto à sanção ou veto de projeto aprovado no Legislativo no final de 2021 que desestatiza as loterias estaduais. O projeto, do deputado Bruno Souza (Novo) permite a exploração de loterias pela iniciativa privada, já que a Constituição não atribui à União exclusividade sobre o funcionamento das loterias, conforme decisão recente do STF.

Direito fundamental

    O ano de 2022 começa com a análise de interessante proposta de emenda constitucional no Congresso Nacional: a PEC 47/2021 coloca a inclusão digital entre os direitos fundamentais previstos pela Constituição de 1988, obrigando o poder público a promover políticas “que visem ampliar o acesso à internet em todo o território nacional”. Difícil acreditar que quase 40 milhões de brasileiros ainda não tinham acesso à internet.

Fúria arrecadadora

   O Tribunal de Contas do Estado deu prazo de 60 dias para as prefeituras informarem quais medidas estão adotando para cumprir a lei estadual que dispensa alvarás em atividades de baixo risco. São centenas delas, que normalmente afetam milhares (e é um custo a mais) de empresas individuais ou micros. O que importa um alvará para uma costureira, um carpinteiro ou jardineiro, por exemplo?  A lei, originária de projeto do deputado Bruno Sousa (Novo), também dispensa 700 atividades não poluidoras de licenciamento ambiental. O desafio, agora, é fazer as prefeituras, sempre movidas, até de forma inconsciente, pela histórica fúria arrecadadora, a cumprir a lei.

Olhar à frente 1

    O senador Dário Berger (MDB), que tem entendimentos quase finais para se filiar ao PSB e formar uma chapa de oposição ao atual governo estadual, afirmou para o jornal “O Globo” que a disputa em SC não deve se basear em um Flamengo x Fluminense entre Lula e Bolsonaro. “Ninguém mais aguenta esse “Fla-Flu” pelo qual se transformou a política brasileira” desabafou.

Olhar à frente 2

  Conforme análise do diário carioca, a disputa pelo comando do Executivo catarinense deve ter mais de um bolsonarista no páreo. O senador Jorginho Mello (PL), que tem mandato até 2027, costura uma aliança com o Republicanos e Progressistas para a eleição. E o governador Carlos Moisés (sem partido), enquanto busca uma aproximação com o governo federal para sua reeleição, tenta atrair o eleitorado conservador após enfrentar dois processos de impeachment.

Comunicação

   O prefeito de Balneário Camboriú, Fabrício Oliveira (Podemos), que em seu segundo mandato desfruta de imensa popularidade depois da obra de ampliação da praia central do município e que é pré-candidato a governador ou vice, já está reforçando sua comunicação. A equipe, com 10 pessoas, agora conta com a expertise do jornalista José Augusto Gaioso, que por anos assessorou o então deputado federal e governador Luiz Henrique da Silveira.

Lido alhures

  Melhor definição do Fundo Eleitoral (que o governo reavalia restabelecê-lo nos inicialmente propostos e obscenos R$ 5,7 bilhões): “É um dinheiro que será roubado de você para você eleger quem vai te roubar”. Com raríssimas exceções, é a pura expressão da realidade.

 

Submersa

   Onde anda a outrora irrequieta ex-senadora e ex-ministra Ideli Salvatti? Parece mesmo evaporada, inclusive nas redes sociais. No Facebook, onde se identifica como Ideli Lula Salvatti, consta que ela tem 4.700 amigos. A última atualização de sua foto é de 9 de outubro de 2018.

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