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Na noite de terça-feira (16), a artista plástica Cristina Brattig Almeida dá início à sua exposição inédita intitulada “Os Mitos da Ilha de Creta”. A mostra, no hall do Palácio Barriga Verde, apresenta 11 esculturas em cerâmica, bronze, acrílico e madeira que mergulham no imaginário da mitologia grega e da civilização do Mar Egeu.

Entre os personagens retratados estão Zeus, Pasífae, Minotauro, Europa, Ícaro, Dédalo, Ariadne e a Deusa das Serpentes — figuras que evocam paixões, desejos, poderes e valores éticos universais.

Relação entre mitos e cotidiano
“A proposta de trazer os mitos da Ilha de Creta é uma continuidade do trabalho que venho fazendo desde que me lancei nessa nova atividade que é a arte. Embora pareça ser um tema muito longínquo, na realidade convivemos diariamente com os conceitos que os gregos deixaram para a civilização ocidental. As leis que regem a democracia derivam dos gregos, por exemplo. Cada personagem que trago nesta exposição se encaixa na nossa rotina, no nosso dia a dia”, comenta a artista.

Reconhecimento à artista
O deputado Dr. Vicente Caropreso (PSDB), que oportunizou a exposição, destaca a dedicação da artista. “A Maria Cristina é uma amiga do curso de medicina, e sempre vi ela compartilhando os seus bons momentos com a cultura. E hoje vemos o resultado de muito estudo e dedicação sobre uma parte do mediterrâneo. Estou muito orgulhoso por ela e por Santa Catarina ter pessoas com o talento como o da Maria Cristina”, destaca.

Segunda exposição no Espaço Cruz e Sousa
Cristina Brattig Almeida também apresenta, no Espaço Cruz e Sousa da Alesc, a exposição “Um pouco de tudo, ou quase nada do todo”. A mostra reúne obras de diferentes períodos da artista, com peças independentes de séries temáticas.

Esculturas e objetos de menor porte dialogam com o espaço, preservando a força simbólica característica da produção da artista: corpos em diversas formas, personificações da fertilidade da natureza, dualidades entre o masculino e o feminino, além de representações literárias e iconográficas atravessadas por mitos, sedução e ilusão.

Reflexão sobre o simbólico na arte contemporânea
Para a curadora Sandra Makowiecky, da Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA), ambas as mostras convidam o público a refletir sobre a permanência do simbólico na arte contemporânea e a atualidade dos mitos na formação cultural e social. “É um universo fantasioso e imaginativo, mas que tem um pé seguro nas tradições e culturas que herdamos”, comentou.

Trajetória da artista
Cristina iniciou sua trajetória em 2014 e combina pesquisa técnica e imersão conceitual profunda, projetando suas exposições como experiências que fundem espaço, matéria e ancestralidade.

Visitação
As obras podem ser admiradas até o dia 30 de setembro, das 7h às 19h, com entrada gratuita e classificação livre.

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Da redação

Fonte: Alesc

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