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Atualização: Justiça decreta greve ilegal em Florianópolis
Ações para minimizar os impactos no atendimento de saúde e educação devem ser iniciadas nos próximos dias

De acordo com Sintrasem, assembleia teve quase 5 mil pessoas (Foto: Sintrasem/ Reprodução) **Clique para ampliar

Publicado em 31/05/2023

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina determinou o imediato restabelecimento integral dos serviços públicos municipais em Florianópolis na tarde desta quarta-feira, 31. Na decisão, o juiz Sérgio Roberto Baasch Luz, ordena, também, que os sindicalistas mantenham distância de qualquer imóvel público e que o descumprimento da medida acarretará em multa diária de R$ 100 mil. Com a decisão, a prefeitura já pode descontar dias parados por servidores que não estiverem trabalhando.

A administração municipal vai acompanhar o movimento nesta quinta-feira e, caso necessário, tomará medidas como a contratação de profissionais temporários na saúde e antecipação das férias escolares na educação. 

Nas negociações entre executivo e sindicato, a administração municipal já propôs o aumento real por parte de 6% no salário e mais 6% no vale-alimentação, além de uma gratificação aos auxiliares de sala, grande massa de trabalhadores da educação, o que resultaria em um aumento total de 17% no salário. A proposta foi negada pelo Sintrasem, mesmo estando acima da média de ajuste salarial nacional.

Entenda a motivação da greve:

Os trabalhadores da Prefeitura de Florianópolis aprovaram, em assembleia com quase 5 mil pessoas e sem nenhum voto contrário, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis (Sintrasem), a deflagração de greve por tempo indeterminado a partir das 0h desta quarta-feira, 31.

Segundo o Sindicato, após quase dois meses de negociações de Data-base, o governo atual não apresentou uma resposta que atenda as reivindicações dos trabalhadores, além de negar avanços e investimentos para a melhoria o serviço público de Florianópolis. "A gota d’água veio com a resposta do executivo à cláusula 11 de terceirizações via organizações sociais. Confirmado pela administração na última negociação, nessa segunda-feira, 30, o projeto da Prefeitura é repassar áreas inteiras da saúde para a terceirização, e depois incluir a educação e de todas as demais secretarias nesse esquema.", disse o Sindicato.

A Prefeitura da Capital (PMF) ressalta que, nos últimos 6 anos, foram 6 paralisações dos servidos públicos municipais, o que resultou em 160 dias, ao todo, de greve em Florianópolis. "Em todas as vezes, os movimentos foram considerados ilegais pela justiça", disse a Prefeitura.

Na coluna do Raul Sartori: O veto de Topázio. E mais!

De acordo com a PMF, as negociações entre executivo e sindicato estavam abertas e com proposta de aumento real por parte da Prefeitura: 6% no salário e mais 6% no vale-alimentação. Além disso, o município ofereceu mais uma gratificação aos auxiliares de sala, grande massa de trabalhadores da educação, o que resultaria em um aumento total de 17% no salário. A Prefeitura ressalta que vai entrar novamente na justiça pedindo a manutenção de todos os serviços municipais.

Confira como está a prestação de serviço nas unidades de saúde e educação após o Sintrasem decretar greve na cidade:

Saúde:

15,93% dos profissionais efetivos aderiram à greve e o serviço foi afetado em 37 Centros de Saúde, dois CAPS, três policlínicas e, até o momento, nenhuma UPA. A UPA Continente, que tem os atendimentos inteiramente administrados por uma OS tem a garantia de prestar os atendimentos de forma integral nos próximos dias. 

Os cidadãos que precisarem de atendimento podem primeiro ligar para o Alô Saúde Floripa, pelo telefone 0800 333 3233, antes de se direcionarem a qualquer unidade. A Prefeitura planeja, para os próximos dias, iniciar atendimento por telemedicina em vídeo com médicos. 

Educação:

Das 184 unidades, sete estão sem atendimento, e as restantes com atendimento total ou parcial. A Prefeitura planeja antecipar as férias escolares para garantir o cumprimento dos dias letivos das unidades ou turmas que tiveram as aulas prejudicadas. 

Fonte: PMF

 

Da redação

 

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