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O desejo de estudar nunca deixou Alex Sandro Soares, encarregado de manutenção em uma clínica médica de Itajaí. Mesmo depois de décadas trabalhando para sustentar a família, a vontade de fazer uma faculdade seguia forte. Agora, aos 50 anos, ele se vê realizando um sonho que parecia distante: o curso de Direito. Alex encontrou a chance de recomeçar, trocando o sentimento de constrangimento pelo orgulho de ser um dos milhares de catarinenses com acesso ao ensino superior.

A oportunidade chegou na hora certa. “A gente passa a andar de cabeça erguida”, conta Alex, emocionado. Depois de uma vida dedicada ao trabalho, ele se redescobriu no papel de estudante, animado com as aulas e com o futuro que está construindo. Alex, com sua determinação e coragem, agora tem a chance de transformar sua história. Ele é um dos contemplados pelo programa Universidade Gratuita, que irá beneficiar até 70 mil pessoas em dois anos. A iniciativa é mais do que uma porta de entrada para o ensino superior: é a chance de reconectar pessoas com suas aspirações, permitindo que busquem a carreira que desejam.

Para Alex, o impacto é profundo. “Se não fosse o Universidade Gratuita eu não estaria aqui. Aqui dentro (aponta o peito), mudou tudo”, diz, relatando o alívio de finalmente poder incluir a faculdade em seu currículo. “Quando não tem estudo, a gente se sente inferior, e essa dor acabou.”

Um sonho antigo, uma nova oportunidade e uma transformação que vai além da sala de aula.

A transformação de Alex reflete na família. Sua esposa, Keila, que sempre o apoiou, expressa o orgulho que sente ao ver o marido estudar. “Ele é um excelente marido, um ótimo pai, e agora está realizando um sonho. A Universidade Gratuita foi fundamental para isso, e eu estarei sempre ao lado dele,” conta. A pequena Cecília, neta de Alex, é sua fã mais entusiasmada e já tem até um hábito especial: ligar para o avô durante as aulas só para espiar seu “novo mundo”.

A história de Alex inspira mais do que ele poderia imaginar. O filho, Alex Sandro Soares Junior, de 22 anos, também planeja voltar a estudar com o incentivo do pai. Em 2025, ele espera retomar o ensino superior, mas agora com o foco em Comércio Exterior, tudo graças ao mesmo programa. “Ver meu pai fazendo me deu vontade de voltar também,” diz Junior.

Além de uma educação gratuita, o programa exige uma contrapartida: ao final do curso, os estudantes realizam um trabalho voluntário relacionado à área de estudo, contribuindo para a sociedade. Mais do que apenas formação, essa troca de apoio traz ao programa um sentido de gratidão e colaboração.

Para Alex, a faculdade não é apenas uma meta pessoal, mas uma forma de reinventar a própria vida e dar à sua família um novo tipo de orgulho, uma nova visão de futuro.

Da redação

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