Paisagismo vai muito além de plantas
Há 20 anos no mercado, a arquiteta e paisagista Ana Trevisan viu a demanda por projetos de área externa crescer no cotidiano urbano
Quando abriu seu escritório de paisagismo no início dos anos 2000, a arquiteta e paisagista Ana Trevisan teve que investir tempo e energia para educar o mercado sobre os inúmeros benefícios do trabalho. Naquele tempo, as pessoas pouco falavam sobre os efeitos positivos de viver em conexão com a natureza. Ou mesmo, consideravam desnecessário contratar um profissional da área para transformar os jardins em uma extensão das suas casas e negócios.
As sementes lançadas por Ana, lá atrás, floresceram. Tanto é que a profissional comemora 20 anos de trajetória no mercado à frente do "Ana Trevisan Espaços Vivos". A celebração inclui sua presença no elenco da CASACOR/SC-Florianópolis 2024, onde assina com sua equipe a Praça "O Futuro é Ancestral" em exposição para visitantes a partir do dia 29 de setembro.
Projetos comerciais como o Armazém Rita Maria oferecem atrativos para a permanência e diversão a céu aberto.
"Quando comecei a trabalhar com paisagismo, pouco se valorizava o arquiteto paisagista, o profissional que de fato constrói a paisagem. Há 20 anos a gente tinha o desafio de fazer as pessoas entenderem sobre a importância do trabalho. Porém, esse comportamento mudou muito nos últimos 10 anos. Principalmente após a pandemia, período que as pessoas passaram a olhar ainda mais para a natureza e entender a importância que ela tem nas nossas vidas. Muito além de plantas, a gente tem todo o pensar na relação das pessoas com as áreas externas e proporcionar mais qualidade de vida", explica.
Mesmo com toda a autoridade sobre o assunto, Ana e seu time mantêm os ouvidos bem abertos na hora de fazer um briefing cara a cara com o cliente. Por mais avanços que a área tenha conquistado, ainda é recorrente pedidos de pouca manutenção do jardim. Uma ideia que Ana logo trata de converter, mostrando todos os benefícios que emergem do contato direto com a terra.
"Normalmente as pessoas não querem ter muito trabalho com os jardins. E daí sempre explicamos que a planta é um organismo vivo, que precisamos nos dedicar, olhar para ela, hidratar, adubar. É um hábito de cuidado prazeroso para nós mesmos, é realmente a construção de uma relação viva em que todos saem ganhando", defende.
Para muito além das plantas, os projetos assinados pelo escritório são pensados para provocar interações entre as pessoas e a natureza. Neste sentido, Ana faz bom uso de elementos - mobiliário para área externa - que possam incentivar os momentos a céu aberto.
"Pensamos naquele elemento que traga conexão com a área externa e tem a ver com o cliente. Ele pode ser trabalhado de várias formas com o objetivo de trazer esse conforto e vontade de aproveitar mais a vida lá fora. Tanto nas casas quanto nos espaços comerciais, o projeto arquitetônico é respeitado em suas linhas, ora retas ou curvas. Tudo depende mesmo. O que não muda na nossa assinatura é a mistura de tons de verde e texturas. Uma composição feita sempre de forma coerente com o local", destaca.
Da redação
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